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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Castanhão apresenta rachadura na parede desde 2014

Uma rachadura em um dos pilares na 12ª comporta da Barragem Castanhão, observada por técnicos em setembro de 2014, finalmente deve ser recuperada no mês de março. A trinca despertou a atenção de engenheiros e diretores do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), cujos relatórios demonstraram necessidade urgente de providências.

Além do Castanhão, outras barragens construídas e administradas pelo Dnocs também necessitam de obras de manutenção e reparos, pois apresentam problemas que se estendem por vários anos. Dentre elas, os açudes Tejuçuoca (na cidade de mesmo nome), Farias de Souza (Nova Russas) e Thomás Osterne (Crato).

O problema preocupa diante da proximidade da quadra chuvosa, com chance de aumento do nível de água no reservatório, que impossibilitaria a realização do serviço de recuperação, além da importância da barragem para o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Complexo Industrial do Pecém e perímetros irrigados no Vale do Jaguaribe.

O Castanhão é o maior açude do Ceará e tem capacidade de acumular 6,7 bi de m³. Relatório técnico da inspeção do vertedouro em setembro de 2014, por engenheiros do Grupo de Trabalho em Segurança de Barragem da Coordenadoria Estadual do Dnocs apontou a existência da fissura. 
 
A trinca vertical de baixo apresenta uma extensão de cerca de 3,5 metros, entre as cotas 91,65m e 95,0m, distante 3,5m da linha de soleira da 12ª comporta, situa-se a 8,5m da junta de dilatação na face de montante entre os blocos 12 e 13. A rachadura apresentou largura média de 8mm e profundidade de pelo menos 15cm.

As informações iniciais foram encaminhadas pelo coordenador geral do Complexo do Castanhão, José Ulisses de Souza, em setembro de 2014, solicitando à coordenadoria estadual do Dnocs a vinda de técnicos para verificação da rachadura.

DN Online

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