Um caso de extrema gravidade foi registrado na noite desta terça-feira (29), no distrito de Monte Nebo, zona rural de Crateús.
Por volta das 19h20, a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS) recebeu uma denúncia de que um homem mantinha sua própria filha, de apenas 1 ano e 6 meses, como refém dentro de casa.
Quatro viaturas da Força Tática, sob o comando do Capitão Erivaldo, foram mobilizadas para o local. Ao chegarem, os policiais constataram que o indivíduo, identificado como Gerardo Leite de Saboia Neto, 41 anos, havia trancado a criança dentro da residência e recusava a se render.
Durante a negociação, ele apresentou comportamento instável, afirmando ora que estava sendo ameaçado por uma facção criminosa, ora que mataria a criança.
Armado com um punhal e um facão, e possivelmente sob efeito de substâncias psicoativas, o agressor manteve a situação tensa por vários minutos, se agravando quando ele entrou com a criança em um dos quartos da casa, dizendo que a mataria.
Em um momento de descontrole, ele desferiu um golpe com arma branca na filha, atingindo a região do abdômen da criança.
Diante do risco iminente, os policiais decidiram invadir o imóvel e efetuaram disparos contra o agressor, atingido no tórax.
A criança, identificada como Gerlanne Leite de Saboia, foi socorrida imediatamente ao Hospital São Lucas, em Crateús.
Segundo informações médicas, ela sofreu perfuração pulmonar e passaria por drenagem, devendo ser transferida para a cidade de Sobral.
Gerardo ainda foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital em Novo Oriente. O corpo foi encaminhado ao núcleo da Perícia Forense de Crateús.
Segundo a Polícia, Gerardo já possuía diversas passagens, incluindo episódios de violência. Ele era suspeito de ser o mandante do assassinato do próprio tio e, em outra ocasião, também teria mantido uma de suas filhas como refém.
A ocorrência foi apresentada na Delegacia Regional de Polícia Civil de Crateús, com as duas armas brancas apreendidas. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil.
O caso gerou grande comoção entre os moradores da comunidade de Monte Nebo.
Foto: Tony Sales