Município ocupa a 3ª posição entre os mais pobres do estado; moradores questionam alta cobrança da taxa de iluminação pública
Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), com base nos dados do Censo de 2022 do IBGE, revelou que Ararendá está entre os municípios cearenses com menor renda média mensal por pessoa. O município ocupa a 3ª colocação no estado, com uma média de R$ 1.045,85.
Apenas Miraíma (R$ 1.003,70) e Tejuçuoca (R$ 1.014,02) aparecem com indicadores ainda mais baixos. No total, 65 cidades cearenses registraram renda inferior a um salário mínimo em 2022, o que corresponde a 35,3% dos municípios do Ceará.
Ararendá também se destaca negativamente na região dos Sertões de Crateús, sendo o único município da região entre os 20 com pior renda nominal média mensal do estado.
Apesar da realidade socioeconômica preocupante, moradores relatam altas cobranças na Contribuição de Iluminação Pública (CIP).
O caso tem gerado insatisfação na população e motivou a mobilização de jovens como Diego Torres e Caio Torres, que iniciaram um movimento popular para reduzir a tarifa considerada abusiva.
O grupo está coletando assinaturas para apresentar um Projeto de Lei de Iniciativa Popular, que busca garantir mais justiça fiscal e alívio para as famílias ararendaenses.
A campanha já conta com apoio de autoridades locais e cresce a cada dia, mostrando a força da participação cidadã frente aos desafios econômicos da cidade.