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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Delegada quer ouvir ex-médico sobre manipulação genética


Celi Paulino, da Delegacia da Mulher, abriu inquérito contra Roger Abdelmassih para investigar estupros e também o destino dos óvulos coletados das vítimas


O ex-médico Roger Abdelmassih é conduzido por policiais civis após chegar no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo - William Volcov/Brazil Photo Press/Folhapress

O ex-médico Roger Abdelmassih, preso na terça-feira na cidade de Assunção, no Paraguai, será chamado a depor sobre a suspeita de crimes envolvendo manipulação genética e de ter violentado sexualmente 26 mulheres. Ele é condenado a 278 anos de prisão por 52 estupros de pacientes que frequentavam sua clínica de fertilização, em São Paulo. A delegada Celi Paulino, da 1ª Delegacia da Mulher, investiga, em inquérito aberto em 2009, a suspeita de que Abdelmassih também teria manipulado irregularmente óvulos e espermatozoides de seus pacientes e, inclusive, vendido o material genético no mercado negro americano. Há relatos de casais de pacientes que fizeram teste de DNA e descobriram não serem pais dos bebês gerados na clínica do médico.

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"O inquérito foi aberto por causa dos abusos, mas evoluiu com os relatos de manipulação genética trazidos pelas vítimas", diz a delegada. Nos últimos cinco anos, ela foi procurada por 26 mulheres que afirmaram terem sido vítimas do médico, que já foi condenado por outros 52 casos.

A manipulação genética indevida teria resultado em abortos espontâneos em série e na morte prematura de bebês, vitimados por síndromes genéticas, como a síndrome de Edwards, que causa má formação do coração. "Vítimas contam que ele as obrigava a prolongar a gravidez por meses mesmo depois de o feto ter morrido", afirma Celi Paulino.

Entre as testemunhas ouvidas pela delegada, está um ex-sócio de Abdelmassih, dono de uma empresa de engenharia genética. O inquérito aponta que o médico teria fornecido o material genético para experiências na reprodução de cavalos de raça. "Há relatos de que ele usou óvulos de mulheres mais novas em inseminações de mulheres mais velhas e também de ter usado espermatozoides de homens saudáveis em tratamentos de outros inférteis, sem o conhecimento das vítimas", diz a delegada.

O inquérito investiga também o destino do material genético coletado das pacientes, absolutamente desconhecido por elas. Há a possibilidade do material ter sido comercializado de forma ilegal no exterior.


Anvisa suspende lotes de remédios

Um consumidor identificou que, em uma cartela do Paracetamol, havia um parafuso no lugar do comprimido

medicamentos
Todos os lotes dos produtos suspensos serão recolhidos pelos fabricantes. Quatro dos que tiveram lotes suspensos são fabricados pelo mesmo laboratório 
 
Foto: ABR 
 
Brasília. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou ontem a suspensão de lotes de seis medicamentos.

As resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União. Segundo o governo, todos os lotes dos produtos suspensos serão recolhidos pelos fabricantes. Quatro dos que tiveram lotes suspensos são fabricados pelo Laboratório Teuto Brasileiro.

"Após essas suspensões, a agência irá investigar as queixas técnicas e avaliar eventuais penalidades a serem aplicadas. Tais punições variam desde a advertência até o cancelamento da autorização de funcionamento da empresa ou do registro do produto. Estão previstas ainda a aplicação de multas que podem oscilar entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão", informou a Anvisa.

Um lote do medicamento paracetamol 500 miligramas (mg) comprimido, produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso após denúncia feita ao Procon. Um consumidor identificou que, em uma das cartelas do medicamento, havia um parafuso no lugar do comprimido. Segundo a Anvisa, o fabricante já iniciou o recolhimento.

Um lote do medicamento cetoconazol 200mg comprimido, também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso após queixa de um consumidor ao SAC da empresa. Na denúncia, o usuário informou que, ao abrir a embalagem, constatou a presença  de outro produto - o Atenolol 100mg. Segundo a Anvisa, o fabricante também iniciou o recolhimento voluntário.

Um lote do medicamento nistatina 25.000 unidades internacionais por grama (UI/g) 60g,  também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso depois que um usuário relatou que, na cartonagem do remédio, havia o produto neomicina +bacitracina. Segundo a Anvisa, o fabricante informou que o lote em questão foi distribuído no Distrito Federal e nos estados do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Um lote do medicamento atorvastatina cálcica comprimido, também produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro, foi suspenso após denúncia que revelou que, dentro da embalagem do produto de concentração 20 mg, havia o produto de concentração 10 mg. Segundo a Anvisa, e empresa informou que o lote foi enviado ao Distrito Federal, Pará e Paraná.

Já o medicamento Tabine (citarabina), da empresa Meizler UCB Biopharma, teve 13 lotes suspensos pela Anvisa. Uma análise detectou resultados fora de especificação para teor de princípio ativo durante os estudos de estabilidade, o que pode indicar uma redução do prazo de validade na embalagem do medicamento. A empresa informou que já iniciou o recolhimento.

Por fim, um lote do medicamento Tamsulom (cloridrato de tansulosina), da empresa Zodiac Produtos Farmacêuticos S.A, foi suspenso após comunicado de recolhimento voluntário do laboratório.

Medicamentos
Laboratório Teuto
Paracetamol 500 mg, lote 1998101, validade 11/2015
Cetoconazol 200mg, lote 1048105, validade 06/2015
Nistatina creme vaginal 25.000 UI/g, lote 8910019, validade 02/2016
Atorvastatina Cálcica, comprimido, lote 6909006, validade 10/ 2015, concentrações de 10 e 20 mg
Meizler UCB Biopharma S.A
Tabine (Citarabina), treze lotes (veja mais no link ao fim do texto)
Zodiac Produtos Farmacêuticos S.A
Tamsulom, lote 86119 (cloridrato de tansulosina), validade 06/2015

Fonte: Anvisa

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