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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Jovem ateia fogo e mata namorada carbonizada

A vitima de apenas 18 anos foi estrangulada, ferida com uma tesoura e teve o corpo coberto por colchão em chamas

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O crime ocorreu dentro da casa da vítima. A Polícia encontrou uma embalagem contendo álcool e uma tesoura. Segundo a Polícia, o material foi levado pelo suspeito, que já teria a intenção de matar a namorada
FOTO: RUI NÓBREGA
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Ivan Thiago dos Santos, 22, foi preso por policiais militares do 17º BPM . Ele confessou o crime na Delegacia 
 
Uma jovem de 18 anos foi morta carbonizada pelo próprio namorado em uma residência na Avenida J, no Conjunto Ceará. O rapaz de 22 anos foi preso minutos após o crime e acabou confessando o assassinato.
Beatriz Cândido da Silva era mãe de três crianças, de idades entre 1 e 4 anos. Foi casada durante cinco anos e residia em Canoa Quebrada com o companheiro, mas há três meses decidiu se divorciar e mudou para Fortaleza, morando nas proximidades da casa da mãe e das irmãs. Depois de um mês na Capital, Beatriz conheceu Ivan Thiago dos Santos, 22, com quem manteve um relacionamento amoroso. Eles chegaram a morar juntos na casa de Beatriz, mas as brigas eram constantes.
A mãe de Beatriz, a dona Maria Lúcia, 53, disse que eles terminavam o namoro, mas depois voltavam. Beatriz teria terminado o primeiro casamento, pois o marido trabalhava muito e Thiago era um bom namorado. "Ele era carinhoso com ela, mas tinha muito ciúme. Eles brigavam, mas depois ela voltava o namoro. Ele gostava das crianças também", explica a mulher que ficou sabendo do crime pelos vizinhos que presenciaram a casa de Beatriz em chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas os vizinhos já haviam apagado o fogo e se deparado com o corpo da moça carbonizado embaixo de um colchão. Uma tesoura estava sobre a mesa e todos os móveis do quarto foram queimados.
A prisão
Após tomar conhecimento do caso, os policiais do 17º BPM, do Conjunto Ceará, se dirigiram até a residência da vítima e colheram informações com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O capitão Arnaldo Lopes explica que eles foram até a casa do namorado e a mãe dele disse que o jovem chegou em casa assustado e com arranhões, também disse que ele teria ido ao campo do Genibaú para jogar futebol. Os PMs seguiram para o campo e, chegando ao local, se depararam com Thiago que, inicialmente, negou a prática do crime, mas entrou em contradição quando comentou que não havia visto a vítima no dia do crime. Testemunhas também disseram aos policiais que o rapaz teria passado na casa de familiares de Beatriz perguntando pela moça.
Ele foi encaminhado ao 12º DP, onde prestou depoimento e acabou confessando ser o autor do assassinato da própria namorada. Thiago disse que estava brigado com a vítima e ela havia passado a noite fora de casa.
Mesmo brigados, ele ainda possuía a chave da casa onde Beatriz morava com os filhos. A noite ela havia deixado as três crianças com a mãe, antes de sair. Thiago disse, em depoimento, ter presenciado a namorada com outro rapaz e que sentiu "uma coisa" que não soube explicar o que era, mas que o fez agir de forma violenta.
O crime
De acordo com informações do perito Pedro Amaro, o corpo de Beatriz apresentava sinais de estrangulamento. No local também foi encontrado uma garrafa contendo uma pequena quantidade de álcool. Pedro retirou pele das unhas da vitima. "Na busca por um líquido acelerante, encontramos uma garrafa com álcool dentro, que vamos levar ao laboratório para constatar qual é o líquido. O quarto estava totalmente queimado e não seria possível detalhar se houve luta corporal dentro do cômodo", explicou o perito.
Após confessar o crime, Thiago explicou com detalhes o ocorrido. Ele disse que era usuário de drogas, que estava insatisfeito com o fim do relacionamento e esganou a vítima. Ainda utilizou uma tesoura para ferir Beatriz.
Após ferir a jovem, ele ateou fogo sobre o colchão e, em seguida, jogou-o em cima da namorada. Somente após a necropsia será possível esclarecer se a jovem já estava morta e depois teve o corpo queimado. Após o depoimento, os PMs foram buscar a tesoura na casa da vítima.
Jéssika Sisnando
Repórter

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