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sexta-feira, 27 de março de 2015

Copiloto jogou avião deliberadamente para baixo, diz promotor de Marselha

Andreas Lubitz, copiloto do voo da Germanwings, em imagem de seu Facebook - ReproduçãoMARSELHA - O promotor público de Marselha, Brice Robin, afirmou que a teoria mais plausível para o trancamento do piloto do voo da Germanwings fora da cabine foi a ação do copiloto. Segundo Robin, Andreas Lubitz estaria consciente, teria negado o acesso do capitão da aeronave ao cockpit e acionado o mecanismo de descida do avião. As vítimas morreram na hora da batida, e não no caminho, ele afirmou. O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, afirmou que o copiloto havia passado em todos os testes e que não despertara preocupações.
 
Robin não afirmou abertamente que acredita na teoria de suicídio, mas mostrou certeza de que o avião "foi jogado deliberadamente, para ser destruído". Ele também afirmou que não há indícios de outros envolvidos na suposta ação.
 
— A respiração do copiloto indicava que ele não aparentava ter um ataque cardíaco ou algo do tipo — sugeriu. — Os sons que emitia eram absolutamente normais. O copiloto estava há meses na companhia e era totalmente qualificado para pilotar a aeronave. Antes de ficar trancado do lado de fora, os pilotos conversavam normalmente. 
 
O piloto estava tentando abrir a porta, segundo investigadores do acidente, e tentou arrombá-la após a ausência de uma resposta. Robin apontou que o sistema do avião permitia que uma pessoa consciente na cabine poderia rejeitar um código de emergência para entrar nela. O avião fez uma breve subida antes de iniciar o processo de rápida descida, ressaltou Robin. Só é possível ouvir gritos no final do voo, logo antes da colisão, ele disse.

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