Em sua 10ª fase, a Operação Lava Jato, que
completa um ano hoje, vê aumentar a lista de denunciados. O Ministério
Público Federal denunciou à Justiça o tesoureiro do PT, João Vaccari
Neto, e outras 26 pessoas suspeitas
Um dia antes de a Operação Lava Jato completar um ano, o Ministério Público Federal denunciou à Justiça o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e outras 26 pessoas suspeitas de participação no esquema de corrupção da Petrobras investigado na operação Lava Jato. Um dos denunciados, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, voltou a ser preso ontem.
Outros quatro suspeitos foram detidos na 10ª fase da operação, batizada de “Que País é este?”, em referência a uma frase dita por Duque ao ser preso pela primeira vez, em 2014. Os detidos são acusados pela prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e quadrilha.
Segundo a Procuradoria, “não há qualquer dúvida de que João Vaccari tinha plena ciência, na qualidade de tesoureiro e representante do Partido dos Trabalhadores, do esquema ilícito”.
A denúncia aponta que o vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, Eduardo Leite, disse aos procuradores, após fazer um acordo de delação premiada, que Vaccari o procurou por volta de 2010 dizendo que conhecia o esquema na diretoria de Serviços e sabia que havia atraso no pagamento de propina da empreiteira.
O executivo afirmou que Vaccari pediu que o suborno atrasado, no valor de R$ 10 milhões, fosse pago em forma de doação eleitoral legal ao partido. Vaccari Neto foi incluído na relação dos acusados por, segundo os procuradores, intermediar o pagamento de propina para o PT por meio de doações oficiais entre os anos de 2008 e 2010.
As doações somam mais de R$ 4 milhões e foram feitas ao diretório nacional e outros regionais, como o da Bahia, dizem os procuradores. Não foram descobertas doações específicas para candidatos.
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, as quantias destinadas ao partido eram “descontadas” do total de propina devido na Diretoria de Serviços da Petrobras, comandada por Duque. Dallagnol afirma que há provas e testemunhos de que Vaccari participou de reuniões com empresários para discutir esses pagamentos.
Essa é a primeira acusação formal contra o tesoureiro em processos relacionados à Lava Jato. Vaccari já tinha sido alvo de pedido de investigação no Supremo Tribunal Federal duas semanas atrás.
A Procuradoria afirma ter informações de que Duque, indicado ao cargo pelo PT, havia movimentado recursos da Suíça para Mônaco em 2014, após deixar a prisão pela primeira vez. Os valores somam R$ 68 milhões e foram bloqueados.
O ex-diretor foi preso no Rio. (Folhapress)
Um dia antes de a Operação Lava Jato completar um ano, o Ministério Público Federal denunciou à Justiça o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e outras 26 pessoas suspeitas de participação no esquema de corrupção da Petrobras investigado na operação Lava Jato. Um dos denunciados, o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque, voltou a ser preso ontem.
Outros quatro suspeitos foram detidos na 10ª fase da operação, batizada de “Que País é este?”, em referência a uma frase dita por Duque ao ser preso pela primeira vez, em 2014. Os detidos são acusados pela prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e quadrilha.
Segundo a Procuradoria, “não há qualquer dúvida de que João Vaccari tinha plena ciência, na qualidade de tesoureiro e representante do Partido dos Trabalhadores, do esquema ilícito”.
A denúncia aponta que o vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, Eduardo Leite, disse aos procuradores, após fazer um acordo de delação premiada, que Vaccari o procurou por volta de 2010 dizendo que conhecia o esquema na diretoria de Serviços e sabia que havia atraso no pagamento de propina da empreiteira.
O executivo afirmou que Vaccari pediu que o suborno atrasado, no valor de R$ 10 milhões, fosse pago em forma de doação eleitoral legal ao partido. Vaccari Neto foi incluído na relação dos acusados por, segundo os procuradores, intermediar o pagamento de propina para o PT por meio de doações oficiais entre os anos de 2008 e 2010.
As doações somam mais de R$ 4 milhões e foram feitas ao diretório nacional e outros regionais, como o da Bahia, dizem os procuradores. Não foram descobertas doações específicas para candidatos.
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, as quantias destinadas ao partido eram “descontadas” do total de propina devido na Diretoria de Serviços da Petrobras, comandada por Duque. Dallagnol afirma que há provas e testemunhos de que Vaccari participou de reuniões com empresários para discutir esses pagamentos.
Essa é a primeira acusação formal contra o tesoureiro em processos relacionados à Lava Jato. Vaccari já tinha sido alvo de pedido de investigação no Supremo Tribunal Federal duas semanas atrás.
A Procuradoria afirma ter informações de que Duque, indicado ao cargo pelo PT, havia movimentado recursos da Suíça para Mônaco em 2014, após deixar a prisão pela primeira vez. Os valores somam R$ 68 milhões e foram bloqueados.
O ex-diretor foi preso no Rio. (Folhapress)
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