Quatro
desembargadores, integrantes do Tribunal de Justiça do Estado do
Ceará, e mais dois desembargadores aposentados (um deles se
aposentou recentemente, já quando estava sendo investigado) estão
sob investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do
próprio Tribunal de Justiça do Ceará, por prática de ações
criminosas: vendas de liminares nos plantões judiciais.
Nesta
segunda-feira, às 15 horas, em Brasília, o promotor de Justiça
Marcos Renan, representando o procurador geral de Justiça do Estado
do Ceará, Ricardo Machado, entregará toda a documentação para
efeito do processo criminal, ao procurador geral da República,
Rodrigo Janot, a quem cabe denunciar criminalmente os desembargadores
suspeitos junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde são
processados criminalmente os desembargadores, por prerrogativa de
função.
Os
nomes dos acusados são mantidos em sigilo, mas o material coletado
na investigação sobre venda de liminares nos plantões judiciais do
Tribunal de Justiça, garantem os representantes do Ministério
Público, é abundante. O Ministério Público estadual não pode
fazer a denúncia criminal contra os desembargadores em razão de
eles só poderem ser processados criminalmente no STJ. E lá só atua
o Ministério Público Federal, daí o material coletado que
comprovaria a venda das liminares pelos quatro desembargadores e mais
os dois aposentados, ser levado ao procurador geral da República.
Improbidade
A parte civil, no caso as ações por improbidade administrativa contra os desembargadores, já estão sendo preparadas em Fortaleza pelos responsáveis pela 24ª Promotoria do Patrimônio Público, por recomendação do procurador geral Ricardo Machado.
O problema da venda de liminares em plantões do Tribunal de Justiça do Ceará foi denunciado pelo próprio presidente da Corte, desembargador Gerardo Brígido, depois de denúncias da Secretaria de Segurança do Estado e da Superintendência da Polícia Federal. Nenhum dos desembargadores acusados chegou a ser afastado. Se o procurador geral da República denunciá-los criminalmente, possivelmente o STJ os afastará.
(Blog
do Edson Silva)
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