Pioneiro na proibição do tráfico negreiro no Brasil, o Ceará enfrenta
hoje outras maneiras pelas quais trabalhadores são levados do Estado
para serem explorados em situação análoga à escravidão. Deixando a terra
natal principalmente para o Interior de São Paulo, pelo menos 75
nascidos na “terra da luz” foram resgatados em quatro anos, em operações
anti-escravidão do Ministério Público do Trabalho (MPT).
As cidades de Salto e Embu-Guaçu, em São Paulo, concentram a maior
quantidade de cearenses flagrados em regime de trabalho análogo à
escravidão. Foram dez casos registrado em cada um dos municípios
envolvendo migrantes do Estado desde 2015.
As informações são do Observatório Digital do Trabalho Escravo no
Brasil, mantido pelo Ministério Público do Trabalho a partir de
operações do órgão. Segundo a ferramenta, nos últimos quatro anos, 75
cearenses foram resgatados em cidades que não aquelas de origem. No
Ceará, os municípios de Granja, a 329 km da Capital, e Caucaia, a 18 km,
também receberam os maiores fluxos migratórios de escravos do próprio
Estado.
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