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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Operação Ubirajara cumpre mandados de prisão contra 54 policiais militares


 
 
A ação é desencadeada em dezenove municípios em três Estados da Federação (SP, MG e RJ)

A Corregedoria da Polícia Militar, com apoio do GAECO e do Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar deflagraram, nesta terça-feira (18), a fase Katrina da Operação Ubirajara. Está na mira um esquema de corrupção sistêmico instalado na Zona Sul da Capital Paulista com diligências desenvolvidas em três Estados da Federação.

Estão sendo empregados 450 policiais militares, dos quais, 280 policiais militares Corregedores, 170 policiais militares do 2º BPChq e Promotores de Justiça e agentes do MP lotados no GAECO. Até o momento,  foram detidos 3 civis e 29 PMs – drogas, dinheiro e armas estavam com alguns dos policiais.

Ao todo, estão sendo cumpridos 86 mandados de Busca e Apreensão (70 expedidos pela Justiça Militar e 16 expedidos pela Justiça Comum) e 59 mandados de prisão. 

Dentre os alvos das prisões, 54 são policiais militares do 22º BPM/M que tiveram suas prisões preventivas decretadas e 5 são civis, integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital que opera na área, que tiveram suas prisões temporárias decretadas pela Justiça Comum (DIPO). A ação é desencadeada em dezenove municípios em três Estados da Federação (SP, MG e RJ). 

O Inquérito Policial Militar está em segredo de justiça.

A operação teve início no mês de fevereiro para corregedoria da PMESP, contando com provas decorrentes de mais de 82.000 ligações telefônicas interceptadas, bem como outras documentais e materiais.

O trabalho investigativo iniciado pela Corregedoria da Polícia Militar apurou o envolvimento de policiais militares do 22º BPM/M com atividades ilícitas (cujas provas foram compartilhadas com o GAECO), tendo sido verificados os crimes de corrupção passiva, concussão, associação ao tráfico de drogas, integrar organização criminosa, além de outros ilícitos penais militares e comuns.

A Polícia Militar reafirma não compactuar com ações praticadas por seus integrantes ou quaisquer outros atos que atentem contra a disciplina e os valores e deveres militares, sendo implacável na apuração para apresentar as provas ao poder judiciário e para retirar da Instituição os indignos de ostentar a sagrada bandeira do Estado de São Paulo em seu uniforme.

*Com informações do repórter Tiago Muniz.

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