Publicado em 25 de julho de 2025 | Por Radialista Denes Lima
O município de São Benedito lidera o ranking estadual com
114 mil toneladas colhidas, seguido por Guaraciaba do Norte, Ibiapina, Ubajara,
Ipu, Croatá, Carnaubal e Tianguá.
O Ceará se consolidou, em 2025, como o maior produtor de
batata-doce do Brasil. Com mais de 191 mil toneladas colhidas, o estado lidera
o ranking nacional, e 90% dessa produção vem de um só lugar: a Serra da
Ibiapaba, região onde clima, altitude e irrigação favorecem o cultivo durante
todo o ano.
Conforme o engenheiro-agrônomo Odílio Coimbra, assessor da
presidência da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC),
houve um crescimento expressivo nos últimos 15 anos.
“Aqui no Ceará, principalmente na região da Ibiapaba, nós
saímos de uma área de 680 hectares plantada em torno de 2010 para uma área de
quase 8 mil hectares em 2025”, explicou. Isso representa uma expansão de mais
de 2.000% na área cultivada.
O município de São Benedito lidera o ranking estadual com
114 mil toneladas colhidas, seguido por Guaraciaba do Norte, Ibiapina, Ubajara,
Ipu, Croatá, Carnaubal e Tianguá.
Toda essa produção chega à Ceasa de Fortaleza, que recebe
diariamente o alimento que será distribuído a supermercados, restaurantes e
feiras da capital.
“90% da batata-doce comercializada aqui na Ceasa de
Fortaleza vem da Ibiapaba. Daqui vai para os supermercados, restaurantes e a
mesa do cearense”, afirma Emanoel de Oliveira, permissionário.
A raiz tem conquistado ainda mais espaço na alimentação dos
cearenses. Rica em vitaminas A e do complexo B, tem baixo índice glicêmico e
fornece energia de forma gradual.
“Ela pode ser um excelente aliado, na prática de atividade
física, mas, além disso, para a saúde em geral”, destaca o nutricionista
Daniel Freire.
Com
investimentos crescentes em irrigação e infraestrutura, o
estado se prepara agora para um novo desafio: conquistar o mercado
internacional.
“Com essa expansão da agricultura irrigada, nós teremos um
volume muito maior e esse volume com certeza irá incentivar a exportação”,
projeta Odílio Coimbra.