A informação é do diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) Tiago Correia.
Correia é o relator do processo na agência que definirá os recursos do fundo do setor elétrico neste ano, a chamada CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), de onde saem todos os pagamentos, incluindo as despesas com programas sociais, como Luz para Todos e os subsídios tarifários para baixa renda.
Com o anunciado fim dos aportes do Tesouro para esta conta, o consumidor terá de pagar sozinho por todos os gastos, que, em 2014, até o mês de novembro, superavam R$ 12 bilhões.
A previsão inicial do orçamento de 2015 prévia uma ajuda para o fundo, vinda do Tesouro, de R$ 9 bilhões, que foi cancelada.
AUMENTO DUPLO
O reflexo desta medida será o aumento duplo da conta de luz, uma vez que a Aneel terá de aplicar dois reajustes sobre as tarifas.
Segundo Correia, o valor exato dessa conta – que seria apresentada nesta terça-feira (20) pela agência– ainda está sendo fechado.
O valor pode ainda sofrer alterações já que o governo anunciou, nesta segunda-feira (19) que haverá um aumento de impostos que afetará o preço dos combustíveis.
A CDE, que também paga a compra de combustíveis para alimentar usinas térmicas, pode acabar sendo afetada pela tributação.
A Aneel não divulgou o novo prazo para apresentação dos números finais que trarão impacto para a conta de luz.
Com informações da Folha de São Paulo
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