Comemoração instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) na
Resolução Nº 60/7, de 01.11.2005, oficializada no Estado do Paraná pela Lei Nº
15829, de 05.05.2008. Assim, internacionalizou uma celebração que já era
festejada na Alemanha desde 1996, a partir das celebrações do 60º aniversário
da libertação dos campos nazistas de concentração de Auschwitz e Birkenau na
Polônia. Neles, foi exterminado um número inestimável de seres humanos (2
terços deles, judeus).
Nossa relação com o passado se dá de
diferentes formas e a partir da interpretação das experiências vividas, o
homem passa a ditar determinadas ações de sua vida cotidiana.
Geralmente, as experiências ruins são respondidas com ações e idéias que
evitam a repetição de um mesmo infortúnio. Um claro caso desse tipo de
relação do passado pode ser notado quando fazemos menção ao Holocausto.
O Holocausto foi uma prática de
perseguição política, étnica, religiosa e sexual estabelecida durante os
anos de governo nazista de Adolf Hitler. Segundo a ideologia nazista, a
Alemanha deveria superar todos os entraves que impediam a formação de
uma nação composta por seres superiores. Segundo essa mesma idéia, o
povo legitimamente alemão era descendente dos arianos, um antigo povo
que – segundo os etnólogos europeus do século XIX – tinham pele branca e
deram origem à civilização européia.
Dessa forma, para que a supremacia
racial ariana fosse conquistada pelo povo alemão, o governo de Hitler
passou a pregar o ódio contra aqueles que impediam a pureza racial
dentro do território alemão. Segundo o discurso nazista, os maiores
culpados por impedirem esse processo de eugenia étnica eram os ciganos e
– principalmente – os judeus. Com isso, Hitler passou a perseguir e
forçar o isolamento em guetos do povo judeu da Alemanha.
Dado o início da Segunda Guerra, o
governo nazista criou campos de concentração onde os judeus e ciganos
eram forçados a viver e trabalhar. Nos campos, os concentrados eram
obrigados a trabalhar nas indústrias vitais para a sustentação da
Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Além disso, os ocupantes dos campos
viviam em condições insalubres, tinham péssima alimentação, sofriam
torturas e eram utilizados como cobaias em experimentos científicos.
É importante lembrar que outros grupos
sociais também foram perseguidos pelo regime nazista, por isso, foram
levados aos campos de concentração. Os homossexuais, opositores
políticos de Hitler, doentes mentais, pacifistas, eslavos e grupos
religiosos, tais como as Testemunhas de Jeová, também sofreram com os
horrores do Holocausto. Dessa forma, podemos evidenciar que o holocausto
estendeu suas forças sobre todos aqueles grupos étnicos, sociais e
religiosos que eram considerados uma ameaça ao governo de Adolf Hitler.
Com o fim dos conflitos da 2ª Guerra e a
derrota alemã, muitos oficiais do exército alemão decidiram assassinar
os concentrados. Tal medida seria tomada com o intuito de acobertar
todas as atrocidades praticadas nos vários campos de concentração
espalhados pela Europa. Porém, as tropas francesas, britânicas e
norte-americanas conseguiram expor a carnificina promovida pelos
nazistas alemães.
Depois de renderem os exércitos alemães,
seus principais líderes foram julgados por um tribunal internacional
criado na cidade alemã de Nuremberg. Com o fim do julgamento, muitos
deles foram condenados à morte sob a alegação de praticarem crimes de
guerra. Hoje em dia, muitas obras, museus e instituições são mantidos
com o objetivo de lutarem contra a propagação do nazismo ou ódio racial.
BRASIL ESCOLA
O que foi o Holocausto?
Cartaz
do filme anti-semita "O Eterno Judeu", feito pelos nazistas.
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Em
1933, Adolf Hitler subiu ao poder na Alemanha e estabeleceu um regime racista
sob o enganoso título de Nacional-Socialista, ou do alemão NSDAP
– Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei (Partido Nacional-Socialista
dos Trabalhadores Alemães). Esse regime foi baseado na doutrina racial
de acordo com a qual os alemães arianos pertencem à "raça
Mestre" (Raça Pura), enquanto os judeus eram conhecidos como "Untermenschen",
subumanos, que não faziam parte da raça humana.
Em
1939, o exército alemão invadiu a Polônia e deu início
ao que se tornaria a Segunda Guerra Mundial. Uma série de vitórias
fáceis no começo da guerra deu a Hitler a oportunidade em implementar
suas idéias. Ele começou a aniquilação do povo judeu,
especialmente em solo polonês, onde vivia o maior contingente de judeus
da Europa. Documentos descobertos depois da guerra mostram que sua intenção
era exterminar todo judeu no mundo. Para realizar seu plano, suas forças
primeiramente concentraram os judeus em guetos; estabeleceram campos de concentração
e de trabalho, em muitos casos simplesmente campos de extermínio, e transportaram
os judeus para esses campos. Os que não eram aptos para o trabalho eram
logo exterminados. A maioria dos outros morreram de inanição ou
em virtude de doenças. Na frente oriental, à medida que ocupavam
cidades e aldeias, os judeus iam sendo mortos por pelotões de fuzilamento
ou por gás, em caminhões fechados.
O
povo judeu decidiu impedir que o Holocausto seja esquecido, para que,
com sua lembrança, fique assegurado que o mundo não permitirá jamais que
torne a acontecer com os judeus ou com qualquer outro povo ou grupo na
Terra. Na foto: soldados israelenses junto à chama simbólica no Memorial
do Holocausto (Yad Vashem, Jerusalém).
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Durante
os seis anos de guerra, foram assassinados pelos nazistas aproximadamente 6.000.000
de judeus – incluindo 1.500.000 crianças – representando um terço
do povo judeu naquela época. Esta decisão de aniquilar os judeus,
já prevista desde 1924 no livro "Mein Kampf", de Adolf Hitler,
foi uma operação feita com fria eficiência, um genocídio
cuidadosamente planejado e executado. Foi única na história em
escala, gerenciamento e implementação, e por essa razão
recebeu um nome próprio: o Holocausto.
Menos
de cinqüenta anos depois, grupos racistas de neonazistas e grupos anti-semitas
tentam negar que o Holocausto tivesse alguma vez existido, ou afirmam que a
escala foi muito menor. Existem algumas causas para esse chamado "revisionismo",
especialmente políticas e anti-semitas. Alguns desejam limpar o nazismo
de sua injúria maior; outros acreditam que o Estado de Israel foi estabelecido
para compensar os judeus pelo Holocausto, e ao negar o Holocausto estão
procurando destituir Israel de seu direito de existir. Este é o motivo
pelo qual os que negam o Holocausto têm muito mais suporte nos países
árabes.
Mas
o Holocausto existiu, como atestam os testemunhos documentais e pessoais, e
o povo judeu decidiu impedir que seja esquecido, para que, com sua lembrança,
fique assegurado que o mundo não permitirá jamais que torne a
acontecer com os judeus ou com qualquer outro povo ou grupo na Terra.
A
negativa da existência do Holocausto é uma abominação
e uma ameaça potencial para o mundo inteiro. (© Museu Judaico/RJ, http://www.museujudaico.org.br
- http://www.beth-shalom.com.br)
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