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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Só 10,6% conseguem certificado de ensino médio no Enem 2014

Cid Gomes
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil -
Cid Gomes, do MEC, quer encontrar formas de usar Enem como índice de qualidade

 
Só 67 mil candidatos atingiram os requisitos mínimos da prova; MEC e Inep tentam entender motivos para a queda no desempenho geral em matemática e redação.



Na edição de 2014 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 997.131 estudantes se inscreveram para a prova de certificação do ensino médio, mas apenas 631.071 compareceram à prova, em novembro, o que equivale a 36,7% do total. Dos que fizeram a prova, só 67.254 candidatos (10,6%) atingiram os requisitos mínimos. A certificação do Ensino Médio pode ser solicitada pelos inscritos que tenham completado 18 anos. Para obtê-la, é preciso alcançar 450 pontos em cada uma das áreas do conhecimento avaliadas e 500 pontos na redação.
 
O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, explica que a certificação pelo Enem é uma das formas de acesso para aqueles que já passaram da idade escolar. Outra é cursar o Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas escolas. "Se aprendeu o que achava que se deve aprender, o estudante deve ser certificado. Dado hoje o desempenho típico dos alunos, se ele foi ao Enem achando que seria mais fácil passar do que pela escola, isso não acontece", disse.

Em 2014, mais de 6,2 milhões de estudantes fizeram o exame nos dias 8 e 9 de novembro em mais de 1,7 mil cidades. As médias de todos os candidatos nas provas foram próximas do necessário para a certificação, mas em redação a média foi inferior. Em ciências humanas, a média de desempenho foi 546,5; em ciências da natureza, 482,2; em linguagens e códigos, 507,9; e em matemática, 473,5. Em redação, a média de todos os candidatos foi 455,4.
Queda no desempenho

Os concluintes do Ensino Médio tiveram queda de 7,3% no desempenho na prova de matemática em relação a 2013. Em redação, o desempenho piorou 9,7%. Nas demais disciplinas avaliadas, houve melhora de 5,4% em ciências humanas, de 2,3% em ciências da natureza e de 3,9% em linguagens e códigos. O MEC e o Inep ainda não têm uma avaliação clara do porquê da piora. Segundo o ministro da Educação, Cid Gomes, cabe à academia analisar os dados. Gomes disse que pretende discutir a utilização dos resultados no Enem na elaboração de políticas públicas para o ensino médio. 

A intenção é incluir o Enem como parte dos indicadores, junto com avaliações como a Prova Brasil, a cada dois anos. "Não dá para fugir, tentar camuflar. Não dá para dizer que o ensino público brasileiro é bom, está muito aquém do desejável", afirmou o ministro. A chamada Média ProUni, calculada sobre a soma de todas as notas das provas e da redação, dividida por cinco, foi 499 em 2014 e 504,3 em 2013 para os concluintes do ensino médio - uma queda, portanto, de 1%. Esse percentual foi considerado estável pelo ministro. A Média ProUni da rede federal foi 588,8; da estadual, 477,7; da municipal, 494,8; e da privada, 556,7. O MEC disponibilizou as médias dos concluintes por tipo de escola e por nível socioeconômico. Os estudantes foram divididos em sete níveis socioeconômicos, que vão de muito baixo a muito alto. 

Comparado o desempenho em um mesmo nível, os estudantes de escolas federais tiveram melhor desempenho, seguidos pelos de instituições particulares e pelas públicas estaduais e municipais. Entre os estudantes de nível socioeconômico muito baixo, as médias foram 487,1 nas federais, 446,4 nas privadas e 429,4 nas demais públicas. No nível muito alto, as médias foram 626,5 nas federais, 624,4 nas privadas e 618,3 nas demais públicas. Incluindo-se todos os candidatos, a Média ProUni foi 496,9 no exame. Em ciências humanas, a média de desempenho foi 546,5; em ciências da natureza, 482,2; em linguagens e códigos, 507,9; e em matemática, 473,5. Em redação, a média de todos os candidatos foi 455,4.


Fonte: Agência Brasil

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