A presidente Dilma Rousseff topou oferecer um ministério a Lula para
evitar que ele possa ser preso na Lava Jato por uma decisão de Sergio
Moro. Ministros do círculo próximo tanto da petista quanto de seu
antecessor entraram numa verdadeira operação nesta terça-feira para
convencê-lo a aceitar a oferta. No centro do governo, há fortes temores
de que a operação possa tentar levar Lula à prisão. Até o início da
noite, antes portanto do jantar no Alvorada, ele ainda resistia à ideia.
O desespero com os desdobramentos da Lava Jato e com a falta de
perspectiva na economia é tão grande que surge no Congresso pressão para
que Dilma convoque um conselho com representantes dos três Poderes, nos
moldes do “Conselho da República”.
Previsto na Constituição, o colegiado incluiria Executivo, Legislativo e
sociedade civil, mas não o Judiciário, o que, aos olhos do Congresso, é
crucial para impor limites à Lava Jato.
Congressistas afirmam que a condução coercitiva de Lula mostrou que
estão todos vulneráveis. A avaliação é que a “República está dormindo de
sapatos” e que Dilma foi engolida pela Lava Jato. “Será melhor
trocá-la”, defende um político.
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