Capitão Wagner esperou o
surgimento de indícios contra a Presidente nas investigações
Em entrevista ao programa “Ceará News” na Rede Plus FM de Rádio, na manhã desta quarta-feira (23), Heitor Férrer (PSB), Renato Roseno (PSol) e Capitão Wagner (PR) manifestaram suas opiniões acerca de um eventual afastamento de Dilma do cargo, em virtude das denúncias na Câmara dos Deputados de ter cometido crime de responsabilidade ao autorizar as chamadas “pedaladas fiscais”.
Heitor Férrer é a favor do afastamento da presidente. Segundo ele, “as instituições precisam e estão cumprindo o seu papel, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Justiça Federal e a Receita estão de parabéns pelo trabalho feito até aqui”. Ele pede um aprofundamento das apurações. “Precisamos por a limpo o Brasil e, a partir daí buscar as grandes soluções para o País”.
Heitor ressalta que tudo o que foi descoberto até agora em relação ao envolvimento de Dilma no escândalo da Petrobras partiu de seu ex-líder do governo, se referindo ao senador Delcídio do Amaral, que decidiu aceitar fazer uma delação premiada na Operação Lava Jato. “Há elementos que comprovam que ela (Dilma) tinha conhecimento e se envolveu na fraude na Petrobras”, disparou.
Deputado Capitão Wagner foi mais comedido. “Nunca disse ser contra o impedimento da presidente, mas aguardei que houvesse nas investigações o surgimento de indícios das irregularidades. Esses indícios agora apareceram. O Governo perdeu as estribeiras. Temos uma crise econômica e política no país. Os indícios apontam as irregularidades no governo e por isso sou a favor do afastamento”.
Já Renato Roseno se posicionou contra. “O afastamento é um julgamento jurídico e também político. Mas até o momento a oposição não apresentou fatos que denunciem a presidente por atos ilegais no exercício do cargo”. Ele criticou também a comissão formada na Câmara dos Deputados que vai processar o pedido do Impeachment. Segundo ele, 60 por cento dos integrantes dela é envolvida em malversação de verbas públicas. E citou, o ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf.
Por FERNANDO RIBEIRO
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