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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Famílias de vítimas realizam ato após dois anos de tragédia com ônibus em Canindé

Acidente vitimou 18 passageiros do ônibus que vinha de Boa Viagem e tombou no quilômetro 304 da BR-020

EVILÁZIO BEZERRA/O POVO
Familiares vão realizar oração no local onde ocorreu o acidente
Familiares de vítimas do acidente de ônibus da empresa Princesa dos Inhamuns, na BR-020, em Canindé, realizam ato em memória dos entes mortos, nesta quarta-feira, 18, quando completam-se dois anos da tragédia. O grupo faz uma oração às 8h30min no local do acidente e, às 9h, participa de uma missa em homenagem aos parentes na Basílica de Canindé.

Já por volta das 19h, será realizado uma missa na capela do cemitério de Boa Viagem. Segundo o presidente da Associação das Vítimas da Princesa dos Inhamuns (Avipe-CE), Daniel Moura, que perdeu os pais no acidente, haverá grupos de familiares saindo de Fortaleza e de Boa Viagem para participar do ato.

Dois anos depois
O acidente vitimou 18 passageiros do ônibus que vinha de Boa Viagem e tombou no quilômetro 304 da BR-020, em Canindé, por volta das 8h40min do dia 18 de maio de 2014. Após dois anos do caso, o presidente da Avipe afirma que todas as famílias das vítimas mortas no tombamento foram indenizadas pela empresa de transporte, em acordos extrajudiciais.

Conforme Daniel Moura, a criação da associação teve como objetivo lutar pelos direitos das famílias e tentar impedir que acidentes como o de Canindé voltassem a acontecer. "No local da tragédia já tinha acontecido outros acidentes lá. Não tinha sinalização. Nós (associação), junto com a empresa, conseguimos que fossem implantados um fotosensor, com velocidade máxima permitida até 60 km, e uma sinalização no local do acidente, no fim de dezembro de 2014", relatou ele.

Passageiros que ficaram feridos ou tiveram alguma perda material também entraram em acordos extrajudiciais com a companhia, segundo informações da Avipe. Entre os três sobreviventes que tiveram sequelas, dois homens perderam um dos braços e uma mulher quebrou a clavícula.

No caso da sobrevivente, ela está incapacitada, de forma permanente, para desenvolver o trabalho de doméstica que exercia, após perícia médica, conforme a Avipe. Ela teria sido a única passageira do ônibus envolvido na tragédia a entrar na Justiça contra a Companhia.

A sobrevivente também perdeu o marido no mesmo acidente. Sobre a indenização pela morte do esposo, ela fechou acordo extrajudicial.

Apelo

O presidente da Avipe faz um apelo ao Governo do Estado pela fiscalização do uso de cinto de segurança nos ônibus interurbanos e intermunicipais. "O Governo precisa fiscalizar esses ônibus. Se o cinto estivesse sendo fiscalizado, não teríamos as vítimas (do acidente em Canindé). O Governo deveria incentivar campanhas para conscientizar a população", disse ele.

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