Mais Médicos: Ceará vai receber maior quantidade de médicos do Brasil
Na primeira etapa são 91 médicos para o estado
O Ministério da Saúde confirmou a participação de 938 médicos no programa Mais Médicos,
que deve levar médicos para as regiões das periferias das grandes
cidades e interior do estado. O Ceará é o estado que obteve maior número
de adesões, ao todo serão 91 médicos no estado. Fortaleza receberá a maioria dos médicos, 21. A cidade de Cascavel receberá seis médicos e Juazeiro do Norte, cinco.
Em
todo o Brasil serão 404 cidades atendidas nesta chamada, no Ceará são
43 cidades contempladas com médicos. O número de vagas preenchidas
equivale a 6% da demanda dos municípios, que apontaram a necessidade de
15.460 médicos para completar seus quadros na atenção básica do Sistema
Único de Saúde (SUS).No Ceará são ofertadas 834 vagas para os médicos.
Os
médicos brasileiros que chegaram a selecionar municípios, mas que não
homologaram sua participação. Poderão até quinta-feira (8) indicar as
seis opções de cidades que desejam atuar, em ordem de preferência e de
acordo com as regiões prioritárias do programa. A nova lista será
publicada no sábado (10) e a chamada de médicos e municípios começa no
dia 15 de agosto. Veja abaixo a lista de cidades cearenses contempladas:
Abaiara: 1 médico Antonina do Norte: 2 médicos Apuiarés: 1 médico Aracoiaba: 1 médico Aurora: 1 médico Barbalha: 2 médicos Barreira: 1 médico Beberibe: 1 médico Canindé: 4 médicos Carnaubal: 2 médicos Cascavel: 6 médicos Caucaia: 1 médico Chorozinho: 1 médico Croatá: 1 médico Fortaleza: 21 médicos General Sampaio: 1 médico Horizonte: 1 médico Jardim: 4 médicos Juazeiro do Norte: 5 médicos Maracanaú: 3 médicos Maranguape: 1 médico Massapê: 2 médicos Mauriti: 4 médicos Monsenhor Tabosa: 1 médico Orós: 1 médico Pacajus: 1 médico Pacatuba: 3 médicos Paramoti: 1 médico Pedra Branca: 1 médico Penaforte: 1 médico Pentecoste: 1 médico Pindoretama: 1 médico Porteiras: 1 médico Potengi: 1 médico Quixelô: 1 médico Quixeramobim: 2 médicos Redenção: 1 médico Santana do Cariri: 1 médico São Gonçalo do Amarante: 1 médico Trairi: 2 médicos Tururu: 1 médico Umirim: 1 médico Viçosa do Ceará: 1 médico
Com informações do Ministério da Saúde
Comissão especial aprova Orçamento Impositivo para emendas parlamentares
Numa vitória do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), sobre a presidente Dilma Rousseff, a comissão especial da Casa
aprovou nesta terça-feira o chamado Orçamento Impositivo, obrigando o governo a
pagar as emendas individuais parlamentares, no valor equivalente a 1% da
receita corrente líquida, cerca de R$ 6,8 bilhões hoje. Mas a proposta aprovada
cria uma regra de transição que ajuda o governo: nos dois primeiros anos (2014
e 2015), o governo poderá usar o pagamento dos chamados restos a pagar para
fechar a cota de 1%. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) — que torna o
Orçamento Impositivo um principio constitucional — deve ser votada no plenário
da Câmara amanhã e depois no Senado, ainda em 2013.
A proposta foi aprovada depois de mais de seis horas de
discussão, de forma simbólica. O Palácio do Planalto era contra a proposta, que
foi aprovada mesmo depois de Dilma ter passado os dois últimos dias se reunindo
com aliados.
Na prática, o
Orçamento Impositivo apenas com emendas novas valeria a partir do terceiro ano.
Numa brecha para o Planalto, no primeiro ano, o governo poderia usar até 60%
(ou 0,6% da receita de 1%) de restos a pagar para atingir a cota de 1% da
receita líquida realizada no ano anterior. Isso significaria hoje gastar cerca
de R$ 4,08 bilhões de restos a pagar e apenas cerca de R$ 2,7 bilhões de
emendas impositivas do Orçamento do ano. No segundo ano, o governo poderia usar
até 30% em restos a pagar (ou 0,3% de 1% da receita).
A avaliação é que a
aprovação significa uma vitória histórica do Congresso, porque obriga o governo
a executar tanto emendas do ano como os chamados restos a pagar.
A proposta aprovada
do Orçamento Impositivo garantiria uma cota para cada parlamentar de cerca de R$
10,4 milhões, levando em conta o percentual de 1% da receita realizada em 2012
de R$ 6,2 bilhões. Hoje, a receita líquida está em R$ 6,8 bilhões. Nas regras
atuais, a cota de emenda individual é de R$ 15 milhões, mas nunca é cumprida.
Mas houve uma divergência
técnica que levou a discussão de mais de seis horas. A proposta diz que será
obrigatória a execução "orçamentária e financeira" da emenda, mas
alguns queriam apenas a expressão financeira. Segundo os técnicos, isso pode
inviabilizar a proposta.
— Os técnicos dizem
que a inclusão da expressão orçamentária inviabiliza o Orçamento Impositivo.
Vamos ter que discutir isso até a votação em Plenário, onde o texto pode ser
mudado — disse o relator Édio Lopes.
A dúvida é porque
execução orçamentária diz respeito a dinheiro do ano e execução financeira
trata de pagamentos do ano e anteriores.
Já o deputado
Alessandro Molon (PT-RJ) votou contra a proposta do Orçamento Impositivo, mesmo
na votação simbólica.
— Liberaram a
transferência de dinheiro para municípios inadimplentes — reclamou Molon.
Henrique Alves
retornou à comissão no início da noite para fechar o acordo final.
— A ordem do dia da
Câmara hoje é aprovar o Orçamento Impositivo. É algo que interessa ao alto
clero, ao baixo clero, ao médio clero — disse Henrique Alves.
O relator da
proposta, deputado Edio Lopes (PMDB-RR), admitiu que criou um
"facilitador" para o governo ao permitir lançar mão de restos a
pagar.
— Ao poder lançar
mão dos restos a pagar, criamos um facilitador para que o governo cumpra sem
questionamentos a proposta. Esse relator não quis criar dificuldades extremas
ao governo, porque sabemos que em 2014 o governo terá dificuldade de cumprir 1%
da receita e por isso os restos a pagar. Este 1% não foi aleatório. Esta
reserva tem sido colocada na LDO, e, se não é aplicada é por faz de conta —
disse o relator.
Integrantes do
Palácio do Planalto reclamaram que se trata de mais uma despesa obrigatória
sendo criada, num Orçamento que já tem 84% das despesas engessadas.
Outro ponto
polêmico é o que torna obrigatório envio de recursos a estados e municípios
mesmo que estejam inadimplentes (devedores), mas segundo regras da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O texto ainda
protege as emendas dos constantes contingenciamentos. A proposta prevê que a
redução na cota das emendas seja feita no mesmo percentual do corte feito nas
despesas discricionárias. A sistemática atual é de corte total das emendas
justamente para bancar o contingenciamento.
A proposta foi
aprovada depois de uma interferência direta de Henrique Alves, que negociou o
texto pessoalmente na comissão especial.
O parecer do
relator Edio Lopes determina que o governo execute 1% da receita corrente
liquida realizada no ano anterior em emendas individuais que constem do Anexo
de Metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
O PT foi derrotado
na discussão, porque o depurado Ricardo Berzoini (PT-SP) propôs texto
alternativo reduzindo para 0,5% a receita liquida a ser aplicada.
A proposta ainda
obriga a beneficiar igualmente parlamentares aliados e de oposição,
determinando que a execução da cota será feita de forma "isonômica".
Mais cedo, Henrique
Alves disse que as emendas individuais são um direito dos parlamentares e que
age "com responsabilidade". Ele disse que a presidente Dilma Rousseff
nunca lhe pediu para não votar a proposta.
— Em nenhuma vez,
ouvi da presidente Dilma a questão de votar ou não votar, de ser ou não ser do
Orçamento Impositivo, porque ela sabe que neste governo democrático o toma- lá-
dá- cá não é o melhor caminho. Tenho plena consciência dos meus atos — disse
Henrique Alves.
Henrique Alves
disse que "sofreu", nos seus 40 anos de mandato, constrangimentos
para ver liberadas as suas emendas individuais.
— Há essa política
distorcida do toma lá dá cá das emendas, ora de um lado, ora de outro. Essa
prática é danosa a qualquer governo democrático. Isso não faz bem a nenhum
Parlamento, que tem que ser independente, respeitado e altivo. Não há
parlamentar que não tenha sofrido mais do que eu, que tenha ouvido mais do que
eu sim ou não (na liberação das emendas) — disse Henrique Alves.
Antes do início da
sessão, Henrique Alves fez uma rodinha de negociação com parlamentares, com o
líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), à frente.
Senado aprova fim à aposentadoria disciplinar de juízes e membros do MP
O
plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (6/8) o substitutivo do
senador Blairo Maggi (PR-MT) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
53, que estabelece o fim da aposentadoria compulsória para magistrados e
membros do Ministério Público como forma de punição disciplinar.
Pelo
texto de Maggi aprovado em dois turnos, os magistrados acusados de
delitos graves, como crimes hediondos ou corrupção, passam a ser
colocados em disponibilidade por até dois anos. Nesse período, eles
receberão proventos proporcionais ao tempo de contribuição
previdenciária e o Ministério Público deverá encaminhar denúncia para
início de processo judicial. Ao fim do processo, se eles forem
considerados culpados, serão demitidos e não mais aposentados
compulsoriamente como prevê a lei atual. Se forem inocentados, eles
retomam as atividades e receberão a diferença de seus proventos.
O
senador também incorporou em seu substitutivo a PEC 75, que tramitava
apensada à PEC 53 e que trata das punições disciplinares de membros do
Ministério Público. Atualmente, a pena máxima para eles também é a
aposentadoria compulsória, mas a proposta de Maggi é de que eles possam
ser demitidos ou ter as aposentadorias cassadas. Nesse caso, se forem
condenados pelo Conselho Nacional do Ministério Público também ficam
inicialmente afastados e recebendo proventos proporcionais ao tempo de
serviço enquanto processo judicial é apresentado e concluído.
O
Ministério Público terá 90 dias para apresentar as denúncias contra os
magistrados, procuradores ou promotores acusados de crimes. Os processos
terão tramitação preferencial na Justiça e devem ser concluídos com
rapidez.
“Nós não veremos mais juízes ou promotores que forem
condenados por corrupção continuando com seus vencimentos integrais,
como nós víamos antigamente. A partir de agora, qualquer membro do
Ministério Público ou da magistratura que for condenado por algum tipo
de crime perderá esses vencimentos que ele tinha e cairá no Regime Geral
da Previdência Pública, como todo mundo tem hoje, com R$ 3.900 [o teto é
R$ 4.157,05]”, explicou Maggi.
Segundo o senador, foi assegurado
aos juízes, promotores e procuradores o amplo direito de defesa, com
prazos de afastamento anteriores à punição máxima para garantir que
aqueles que estejam sendo acusados não sejam punidos severamente, mas
também não continuem atuando sob suspeição. “Nós colocamos duas
penalidades anteriores a isso [à demissão]. Primeiro, o afastamento por
90 dias. Levando adiante a denúncia, ele pode ficar em disponibilidade
por dois anos, com vencimentos proporcionais. Em dois anos, nós teremos
que ter julgado e transitado o processo para que ele possa ser excluído
da magistratura ou do Ministério Público se for condenado”, disse.
A
PEC seguirá agora para a Câmara dos Deputados, onde precisa ser
aprovada em dois turnos. Se receber alterações, ela voltará ao Senado
para última análise. A proposta faz parte das matérias elencadas pelo
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), como resposta às
demandas das manifestações populares.
Os senadores também tinha
acordado votar hoje a PEC 122, que permite aos médicos militares
atenderem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Mas a votação da matéria
foi adiada para esta quarta-feira (7/8).
Chacina em SP: vítimas foram mortas enquanto dormiam, diz delegado
O
policial militar Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, Benedita Oliveira
Bovo, 65 anos, e Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos, três dos
familiares vítimas da chacina na Brasilândia, zona norte de São Paulo,
foram mortos enquanto dormiam, afirmou nesta terça-feira o delegado
Itagiba Franco, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
da Polícia Civil de São Paulo. Segundo a polícia, é “praticamente
certa” a hipótese de que o filho de Pesseghini, Marcelo Eduardo Bovo
Pesseghini, 13 anos, tenha cometido os crimes e se suicidado. O delegado
garantiu não ter "dúvida nenhuma" de que as vítimas estavam dormindo, à
exceção da mãe de Marcelo, Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos, que
foi encontrada de joelhos.
"Isso tudo nos chamou a atenção. Não
tinha sinais de reação dos PMs. Tudo se resumiu a algo particular,
familiar", disse Franco. Segundo o delegado, desde o início havia
indícios de que não se tratava de um ataque externo à residência, após
análise inicial de uma equipe especializada em chacinas. "Desde o
primeiro momento, senti que algo não estava batendo. Não era um
homicídio usual. Se envolvesse facções criminosas, (as vítimas) teriam acordado, teria sinais de submissão. E nada disso havia na cena do crime", explicou.
Conforme
Franco, os corpos do casal e do adolescente foram encontrados no final
da tarde de segunda-feira na sala da residência, enquanto a avó e a
tia-avó de Marcelo estavam em um imóvel anexo. O PM e as idosas
aparentavam tranquilidade, enquanto o menino foi encontrado deitado de
lado, sobre uma arma empunhada em sua mão esquerda, e a mãe foi
encontrada de joelhos.
Chacina de família desafia polícia em São Paulo
Cinco
pessoas da mesma família foram encontradas mortas na noite de
segunda-feira, dia 5 de agosto, dentro da casa onde moravam, na
Brasilândia, zona norte de São Paulo. Entre os mortos, estavam dois
policiais militares - o sargento Luis Marcelo Pesseghini, 40 anos, e a
mulher dele, a cabo de Andreia Regina Bovo Pesseghini, 35 anos. O filho
do casal, Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, também foi
encontrado morto, assim como a mãe de Andreia, Benedita Oliveira Bovo,
65 anos, e a irmã de Benedita, Bernardete Oliveira da Silva, 55 anos.
A
investigação descartou que o crime tenha sido um ataque de criminosos
aos dois PMs e passou a considerar a hipótese de uma tragédia familiar: o
garoto teria atirado nos pais, na avó e na tia-avó e cometido suicídio.
A teoria foi reforçada pelas imagens das câmeras de segurança da escola
onde Marcelo estudava: o adolescente teria matado a família entre a
noite de domingo e as primeiras horas de segunda-feira, ido até a escola
com o carro da mãe, passado a noite no veículo, assistido à aula na
manhã de segunda e se matado ao retornar para casa.
Os vídeos
gravados pelas câmeras mostraram o carro de Andreia sendo estacionado em
frente ao colégio por volta da 1h15 da madrugada de segunda-feira.
Porém, a pessoa que estava dentro do veículo só desembarcou às 6h30 da
manhã. O indivíduo usava uma mochila e tinha altura compatível à do
menino: ele saiu do carro e caminhou em direção à escola.
Amigo conta à polícia que adolescente planejou matar família
Marcelo Pesseghini com os pais Foto: Freelancer / Agência O Globo
O garoto de 13 anos suspeito de ter matado os pais, a tia
e a avó materna em Brasilândia, zona norte de São Paulo, disse ao
melhor amigo que sonhava ser matador de aluguel e matar os pais,
informou nesta terça-feira a Polícia Civil de São Paulo. A polícia
ressaltou que o inquérito da morte da família ainda não foi concluído,
mas afirmou que ‘tudo leva a crer’ que o estudante Marcelo Eduardo
Pesseghini, de 13 anos, foi o autor do crime. Segundo o delegado
divisionário de homicídios da Polícia Civil de São Paulo, Itagiba
Franco, há uma série de indícios que apontam o garoto como o responsável
pelo assassinato dos pais, da tia e da avó. A família, no entanto, não acredita da suspeita da polícia. Parentes dizem que a família era unida e não tinha histórico de desavenças.
As
mortes aconteceram na madrugada de segunda-feira. Depois de
supostamente matar os pais — o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini e
a mulher dele, cabo da PM Andreia Regina Bovo Pesseghini —, a avó
materna, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos; e a tia da PM, Bernadete
Oliveira da Silva, de 55 anos; o adolescente teria se matado, segundo a
polícia. Os corpos do jovem e de seus quatro familiares foram
encontrados em duas casas no mesmo terreno. A polícia informou que o garoto, após cometer os crimes, teria ido à escola e, depois, tirado a própria vida.
De
acordo com o delegado Itagiba Franco, depoimento dado à polícia pelo
melhor amigo do jovem aponta que ele já planejava assassinar os pais.
—
O melhor amigo dele deu o seguinte depoimento: ‘Ele sempre me chamou
para fugir de casa, alegando que tinha o sonho de ser um matador de
aluguel. E tinha o plano de matar os pais e sair com o carro’ — relatou o
delegado Franco.
Segundo Franco, no dia posterior ao crime, uma
professora da escola em que o jovem estudava contou à Polícia Civil que
ele a questionou sobre se ela já havia atingido os pais dela e dirigido
um carro quando ela era menor de idade.
O veículo da mãe do jovem,
a cabo Andrea Regina Pesseghini, foi encontrado na madrugada de
segunda-feira próximo à escola. As câmeras de segurança da região
mostraram que o veículo foi estacionado no local às 1h15. O delegado
afirmou que as câmeras flagraram o jovem saindo do veículo na manhã de
segunda-feira.
— As imagens mostram que o carro parou na rua,
ficou parado no local e uma pessoa desceu do banco do motorista, e
passou em frente à câmera. O amigo reconheceu que era Marcelo Eduardo —
disse o delegado.
Segundo a polícia, o exame residuográfico feito
no corpo do garoto deu resultado negativo. Contudo, para o delegado,
muitas vezes o teste dá negativo em virtude das condições da pólvora e
da arma. Ele lembrou que o inquérito ainda não foi concluído. No
entender da Polícia Civil, até o momento está descartada a participação
de uma segunda pessoa no crime. De acordo com Franco, os assassinatos
foram cometidos à queima-roupa.
— Desde o primeiro momento eu
senti que alguma coisa não estava batendo, que não era um homicídio
usual. Se houvesse o envolvimento de facções, teria havido submissão das
vítimas e elas teriam acordado. E, aparentemente, isso não ocorreu —
disse o delegado.
Itagiba Franco afirmou que os corpos do sargento
Luís Marcelo Pesseghini e da cabo Andrea Regina Pesseghini foram
encontrados na sala, assim como o corpo do garoto. O pai foi achado numa
posição que aparentava estar dormindo quando foi atingido pelo tiro. A
mãe estava em posição de submissão e de joelhos. Uma arma de fogo foi
encontrada embaixo do corpo do jovem, na mão esquerda dele. Segundo a
polícia, os familiares das vítimas disseram que o garoto era canhoto. De
acordo com o delegado, a tia e a avó do jovem moravam na casa ao lado
da residência do adolescente. A polícia encontrou elas numa posição em
que aparentavam estar dormindo.
Justiça Eleitoral repassa dados de brasileiros à Serasa
O Tribunal Superior Eleitoral decidiu repassar
informações cadastrais de 141 milhões de brasileiros para a Serasa,
empresa privada que gerencia um banco de dados sobre a situação de
crédito dos consumidores do País. A medida já está em vigor e afeta
praticamente todos os cidadãos com mais de 18 anos, que não terão
possibilidade de vetar a abertura de seus dados. O acesso foi
determinado por um acordo de cooperação técnica entre o TSE e a Serasa,
publicado no último dia 23 no Diário Oficial da União.
Pelo acordo, o tribunal entrega para a empresa privada os nomes dos
eleitores, número e situação da inscrição eleitoral, além de informações
sobre eventuais óbitos. Até o nome da mãe dos cidadãos e a data de
nascimento poderá ser “validado” para que a Serasa possa identificar
corretamente duas ou mais pessoas que tenham o mesmo nome. O acordo
estabelece que “as informações fornecidas pelo TSE à Serasa poderão
disponibilizadas por esta a seus clientes nas consultas aos seus bancos
de dados”. Paradoxalmente, o texto também diz que caberá às duas partes
zelar pelo sigilo das informações. Violação da privacidade
Especialistas em privacidade e advogados ouvidos pelo Estado ficaram
surpresos com a “terceirização” de dados privados sob a guarda de um
órgão público. “Fornecer banco de dados para a Serasa me parece uma
violação do direito à privacidade, o que é inconstitucional”, disse o
criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira.
“O importante é saber que esses dados fazem parte da sua
personalidade, e ela é protegida pela Constituição”, sustenta. Mariz
acrescentou que, diante do debate internacional sobre o programa de
espionagem da agência de segurança nacional dos Estados Unidos, o acordo
“pode fazer parte de uma escalada maior de quebra de privacidade” no
Brasil. Autorização
Para Dennys Antonialli, coordenador do Núcleo de Direito, Internet e
Sociedade da Faculdade de Direito da USP, o Tribunal Superior Eleitoral
precisaria de “consentimento expresso” dos cidadãos/eleitores para poder
repassar seus dados a uma entidade privada. Com a ressalva de que
desconhece os termos do acordo, o criminalista Pierpaolo Bottini disse
que, em princípio, os dados de eleitores sob a posse do TSE são
“protegidos”.
Ambos os juristas ressaltaram que estas informações podem ser
requeridas por um juiz criminal à Justiça Eleitoral desde que sejam
julgadas relevantes para uma investigação. De acordo com o Bottini, o
fato de ser necessário um mandado para sua liberação indica que os dados
não podem ser vendidos. Defesa
Anderson Vidal Corrêa, diretor-geral do TSE, negou que o tribunal
esteja abrindo dados sigilosos. Ele afirmou que itens como nome da mãe
ou data de nascimento do eleitor serão apenas validados - ou seja, o
órgão dirá à Serasa se a empresa dispõe ou não das informações corretas
sobre determinada pessoa. Se o dado estiver incorreto, o TSE não vai
corrigi-lo, argumentou Corrêa. O acordo, informou o tribunal, foi
autorizado por Nancy Andrighi, corregedora-geral eleitoral.
Como contrapartida pela cessão dos dados, servidores do tribunal
ganharão certificação digital (espécie de assinatura eletrônica válida
para documentos oficiais) da Serasa, o que facilitará a tramitação de
processos pela internet. As certificações, porém, só terão validade de
dois anos.
(Colaborou Lucas de Abreu Maia). As informações são do jornal
O Estado de S.Paulo.
Anderson Silva treinará com Chuck Norris e Steven Seagal para revanche contra Weidman
Anderso Silva ouve as instruções de Steven Seagal
Foto:
Reprodução
Anderson Silva está preparando um camp pesado para a revanche
contra o Chris Weidman, marcada para o UFC 168, no dia 28 de dezembro,
em Las Vegas. Para recuperar o cinturão dos pesos-médios, Spider vai
contar com a ajuda novamente de Steven Seagal e com uma novidade: Chuck
Norris.
Em entrevista ao site americano “Fighters Only“, o
brasileiro explicou que a ideia de usar os astros das artes marciais dos
cinemas é para surpreender seu adversário. Na luta entre Anderson e
Vitor Belfort, em fevereiro de 2011, Spider nocauteou o carioca com um
chute espetacular ensinado por Segal.
– Vou treinar e manter o
foco para lutar (contra Weidman) em 28 de dezembro. Tive um pesadelo com
Weidman, mas não tenho medo dele. Ele é determinado, mas tem dois
braços e duas pernas como eu. Agora vou trazer Chuck Norris (para meu
camp). Vou trazer tanto Chuck Norris quanto Steven Seagal – revelou. Chuck Norris ajudará no camp de Anderson Silva Foto: Divulgação
Para que não sabe, Chuck Norris é ex-campeão de caratê e,
segundo o site “Bleacher Report”, foi o primeiro ocidental a conquistar a
faixa preta 8º grau de taekwondo. Anderson, que também já lutou a arte
marcial, quer a ajuda do ator para melhorar sua técnica e reconquistar o
cinturão. Depois disso, ele só tem um objetivo: encarar Jon Jones.
– Mas eu espero que (a superluta contra Jon Jones) finalmente aconteça. Essa é a luta que todos estão esperando… – falou.
Nova gripe aviária tem primeiro caso de transmissão entre humanos
Analistas
chineses detectaram o primeiro caso de transmissão humana de uma
variante da gripe aviária descoberta na China, informa nesta
quarta-feira a revista "British Medical Journal" (BMJ).
Trata-se do caso de uma mulher de 32 anos contraiu a variante conhecida
como H7N9 após cuidar de seu pai, que contraiu o vírus após visitar um
mercado de aves, acrescentou a publicação especializada.
Até o momento, não havia provas e nem o registro de
que uma pessoa pudesse contrair gripe aviária através de
outro doente, já que os casos identificados até então correspondiam
somente ao contato com aves.
Ao contrário de seu pai, a mulher não esteve em contato com aves e,
mesmo assim, acabou ficando doente seis dias depois de ter cuidado de
seu pai, apontou a BMJ, que informa que os dois morreram posteriormente
no hospital.
Este caso foi apresentado por analistas do Centro para o Controle e
Prevenção da Doença do Centro Provincial de Jiangsu e o Centro de
Controle e Prevenção do Centro Municipal de Wuxi, ambos na China.
A variante H7N9 foi detectada na China no último mês de fevereiro e, até
o dia 30 de junho, as autoridades contabilizaram 133 casos do vírus
H7N9 no leste da China, além de 43 mortes.
No entanto, na maioria dos casos, as pessoas infectadas tinham visitado
mercados de aves de curral e tinham forte contato com estes animais.
Segundo os analistas, o contágio da mulher não significa que o vírus
tenha desenvolvido a capacidade de serem transmissíveis entre humanos.
O cientista Peter Horby, da Unidade Clínica da Universidade de Oxford no
Vietnã, afirmou que este estudo mostra que "a fonte mais provável de
infecção da filha foi seu pai, durante o tempo que ela cuidou dele
quando estava doente".
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