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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Sempre antes das Eleições: Lula e Dilma vieram ao Ceará garantir o projeto de instalação da Refinaria.Mais uma mentira!!!

Por duas vezes, em seis anos, tanto Lula, quanto a presidente Dilma garantiram, cada um, a instalação da refinaria

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Em 2010, o presidente Lula veio ao Ceará, onde desabafou: "E, quando a gente pensa que vai inaugurar, ela (a refinaria) nem começou" 
 
FOTO: ALEX COSTA 
 
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Matéria do portal O Imparcial destacava na manchete os prejuízos estimados com a descontinuação dos projetos das refinarias anunciados pela Petrobras
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Matéria do Diário do Nordeste citava as perspectivas para o cenário deste ano, quando a refinaria Premium I estaria no pico da construção 
 
O Ceará via-se em desprestígio diante da perda, após anos de disputa com Pernambuco, da primeira refinaria da Petrobras, após 30 anos sem investimento da empresa, em uma nova unidade de refino. A Refinaria do Nordeste (Rnest) ia para o estado vizinho, mas, diante de um rebuliço político criado, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, em 2008, que os cearenses também seriam contemplados com uma das duas outras usinas que a estatal petrolífera planejava instalar.

> Estatal promete mitigar efeitos do fim de projetos

Daí, em agosto daquele ano, Lula veio ao Ceará para oficializar o anúncio da Premium II, assinando, juntamente com o governador Cid Gomes e o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, um protocolo de entendimentos para a instalação do empreendimento do Estado.

Com pompa e circunstância, realizado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), este foi o primeiro evento simbólico para a refinaria que contou com o chefe maior do Executivo nacional.
Início da novela
Na cerimônia de 2008, o presidente da República afirmou: "A refinaria do Ceará não é um projeto que pode ser, é um projeto que vai ser feito. Essa é uma decisão da diretoria da Petrobras e do Governo do Estado para que isso aconteça".

A plateia ovacionava e o Ceará se enchia de esperança e expectativa. Era a oficialização do início de uma grande novela. No dia seguinte, refletindo o peso do anúncio, a capa do Diário do Nordeste trazia a manchete: "Enfim, refinaria é do Ceará".

Naquela ocasião, foi definido que o início das obras seria em dezembro de 2009. Em dezembro de 2010, contudo, Lula voltou ao Ceará, nos últimos dias de seu segundo mandato, para lançar apenas o início das sondagens de terreno da unidade de refino e descerrar uma placa (também simbólica) do lançamento da pedra fundamental do empreendimento. "E, quando a gente pensa que vai inaugurar, ela (a refinaria) nem começou", desabafou, em seu discurso.

E reafirmou que, apesar dos atrasos, o compromisso com a refinaria seria cumprido: "Política não é feita apenas de realizações, política também é feita de gestos. E eu precisava fazer este gesto de voltar ao Ceará para poder assumir com o governador Cid, com o companheiro Gabrielli, com o povo do Ceará e com o povo do Brasil o compromisso final de que o Ceará, finalmente, terá a tão sonhada refinaria, que tanta gente prometeu e que não conseguiu fazer".

O compromisso passou para sua sucessora, Dilma Rousseff. Em abril de 2013, a presidenta veio ao Ceará para anunciar uma série de medidas para a seca e, entre elas, anunciou a doação do terreno de dois mil hectares no Cipp à Petrobras.

Em um momento tímido, encaixado na programação da chefe de Estado, o governador Cid Gomes e a nova presidente da estatal, Graça Foster, assinaram a escritura do terreno. Sem discursos. Sem entrevistas à imprensa cearense.
Desprestígio
E novembro do mesmo ano, Dilma voltou ao Estado para anunciar investimentos em mobilidade urbana e, na mesma cerimônia, chamou Foster para assinar o compromisso da Petrobras na instalação da reserva indígena Taba dos Anacé, dando fim a um impasse que durava quatro anos. "A decisão de instalar a refinaria Premium II, ela foi tomada. E hoje nós damos um passo", disse.

Ontem, o passo dado foi pra trás. O compromisso firmado pelos dois presidentes foi desfeito em apenas um comunicado, sem maiores esclarecimentos nem por parte da estatal nem, do governo federal. O Ceará continua desprestigiado. (SS)
Construção civil recebe cancelamento com decepção
A indústria da construção civil cearense recebeu com bastante decepção a decisão da Petrobras de encerrar os projetos de investimento para a implantação da refinaria Premium II, no município de Caucaia, situado na Região Metropolitana de Fortaleza, pois o setor teria participação direta na concretização do crescimento infraestrutural nos arredores do empreendimento.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), André Montenegro, avalia que o anúncio da estatal representa um "prejuízo incalculável" para o Ceará, pois "uma refinaria dessas movimentaria o PIB (Produto Interno Bruto) cearense como um todo, traria renda, desenvolvimento".
O representante do Sinduscon-CE afirma que a construção civil teria papel bastante participativo no desenvolvimento econômico que a refinaria proporcionaria para Caucaia e municípios próximos, gerando a necessidade da construção de hospitais, residências, escolas e outras obras. "Nós, cearenses, não merecemos esse tipo de tratamento. Nós temos que lutar para que seja revista essa estratégia da Petrobras", defende Montenegro.

O presidente da Associação das Empresas de Construção Pesadas do Estado do Ceará (Aconpec), Dinalvo Diniz, também lamentou a decisão da estatal de interromper os investimentos para a Premium II.
"Essa não chega a ser uma grande surpresa para nós. Estivemos acompanhando a situação e sempre sentimos que não existia uma política firme de implantar a refinaria. Nós sabíamos que era algo muito distante", avalia. "Nós estivemos recentemente a refinaria de Pernambuco (Abreu e Lima) e vimos o que aquela região passou a ser. Seria algo bastante positivo para o nosso estado", acrescenta.

Maranhão repercute queda das refinarias

Enquanto o site da Petrobras continuava a divulgar a construção da refinaria Premium I no município de Bacabeira, no Maranhão, ontem, a imprensa do estado anunciava a desistência do projeto por parte da empresa.

No portal do jornal O Imparcial, a manchete ressalta o prejuízo de R$ 2,7 bilhões com as refinarias Premium I e II. No entanto, o veículo não cita a desistência dos projetos no Maranhão e Ceará por parte da Petrobras.

No portal G1 Maranhão a principal notícia destaca a desistência da companhia em relação às refinarias. A mesma notícia foi republicada na manchete do site Jornal Pequeno.

A matéria dos dois veículos trazia um gráfico citando os problemas enfrentados pela empresa petrolífera ao longo dos anos, que vão desde queda das ações, denúncias, falta de reajuste na gasolina, até a operação Lava Jato e dificuldades financeiras.

Previsão frustrada para este ano
Entre as promessas nascidas juntamente com a esperança trazida pela possível instalação da refinaria Premium II no Ceará, a geração de empregos estava entre a maior delas. Em 2010, a previsão era de 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos no pico da construção, período estimado para este ano.

A previsão foi publicada na edição do dia 29 de dezembro de 2010 do Diário do Nordeste.
Na época, o então secretário de Infraestrutura do Ceará, Adail Fontenele ressaltou a criação de 126 escolas de ensino profissionalizante nos últimos quatro anos no Estado.

A expectativa também girava em torno da criação do Centro de Treinamento Técnico do Ceará (CTTC), a ser instalado no Pecém. O equipamento teria capacidade para treinar 12 mil pessoas anualmente.
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Pesquisa do TSE: 76% dos brasileiros querem o fim do voto obrigatório e metade não confia nas urnas eletrônicas.



Uma pesquisa encomendada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostrou o clima de ceticismo do eleitor em relação ao processo político. O levantamento, feito pela empresa Checon, teve 1.964 entrevistas feitas em dezembro e teve caráter tanto qualitativo quanto quantitativo. De acordo com a sondagem, disponível desde ontem na página do TSE na internet, 76% dos pesquisados se disseram contra o voto obrigatório e 55% se mostraram favoráveis às candidaturas avulsas, sem filiação partidária, o que evidencia a descrença na representatividade dos partidos.

O levantamento mostra também que é expressiva a desconfiança do eleitor em relação à segurança das urnas eletrônicas. Dos pesquisados, 38% avaliaram a confiabilidade do sistema com notas de zero a 4. Outros 27% afirmaram que a confiabilidade oscila entre 5 e 7. E apenas 35% afirmaram que a confiabilidade das urnas está acima de 8.

A pesquisa encomendada pelo TSE registrou indícios de que a compra de votos ainda é expressiva. Dos pesquisados, 28% afirmaram ter testemunhado ou tido notícias de compra de votos, enquanto outros 8% preferiram não responder a pergunta. Esta foi parte específica da pesquisa que teve o resultado antecipado pelo jornal "Folha de S. Paulo". A pesquisa busca segmentar o resultado para todos os Estados pesquisados. Na Paraíba, o percentual foi de 39%, com 101 entrevistas locais. No Rio de Janeiro, com 105 entrevistas, ficou em 23%. O caso extremo foi Roraima, com 71%, mas com amostragem extremamente reduzida, de apenas dezessete entrevistas.

Ao responderem a um questionário sobre qual "o recado" que gostariam de mandar para o TSE, 14% apontou o fim do voto obrigatório, 7% pediram mais controle sobre a segurança da urna e 5% reivindicaram transparência na apuração e aplicação da Lei da Ficha Limpa.

A eleição presidencial no ano passado, a mais acirrada desde o retorno da redemocratização, teve pela primeira vez um pedido de auditoria na contagem de votos por parte da candidatura perdedora no segundo turno. O PSDB, tendo por base notícias esparsas em redes sociais, levantou dúvidas sobre a totalização dos votos, que deram a vitória para a presidente Dilma Rousseff por três pontos percentuais de diferença. O TSE autorizou o partido a ter acesso às urnas do segundo turno.

No dia da diplomação da presidente como reeleita, representantes do PSDB pediram formalmente a cassação do registro de candidatura de Dilma, alegando irregularidades durante a campanha e solicitaram que o perdedor fosse proclamado presidente eleito. O presidente do TSE, José Antonio Dias Toffoli, em um pronunciamento contundente horas mais tarde, afirmou que não iria permitir "um terceiro turno". "As eleições de 2014, para o Poder Judiciário, são uma página virada. Não haverá terceiro turno na Justiça Eleitoral. Que os especuladores se calem", disse na ocasião Dias Toffoli.

A finalidade principal da pesquisa era medir o grau de "recall" das campanhas publicitárias feitas pelo TSE para estimular o eleitorado a comparecer às urnas. O grau de lembrança das peças publicitárias foi alto, acima de 70%.

Bairro Dunas: Policial federal baleado reage e mata assaltante

De acordo com parentes do agente da PF, ele foi atacado por quatro bandidos quando chegava em casa

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Patrulhas do Batalhão de Policiamento Comunitário (BPCom - Ronda do Quarteirão) chegaram ao local e verificaram que o homem já estava morto dentro do Peugeot, que havia sido roubado no bairro Papicu
 
FOTO: NAVAL SARMENTO 
 
Uma tentativa de assalto contra um policial federal de 58 anos (identidade preservada) durante a noite de ontem, no bairro Dunas, terminou com o agente da PF baleado e um dos quatro assaltantes morto.
De acordo com o relato de um parente do policial (identidade preservada), a ação criminosa ocorreu por volta das 20h30. Segundo a testemunha, o agente chegava em casa e, enquanto aguardava a abertura do portão eletrônico, foi surpreendido por quatro bandidos.

Segundo a Polícia, os homens estavam em um veículo Chevrolet Astra. Um dos assaltantes abordou o agente pelo lado do motorista, anunciou o assalto e efetuou um disparo.

O federal foi ferido no peito, mas, mesmo baleado, sacou a arma e disparou contra o assaltante. Houve um intenso tiroteio e outro acusado, que estava ao lado da porta do passageiro, também atirou. No momento do confronto, não havia ninguém dentro da residência.

Após ferir um dos bandidos, mesmo baleado, o agente da PF conseguiu escapar do cerco dos criminosos e guiou o automóvel até um hospital particular. Já os quatro assaltantes seguiram até o bairro Papicu, onde abandonaram o Chevrolet Astra e roubaram um Peugeot 207 branco.

Os homens levaram o comparsa ferido até a entrada do Hospital Distrital Edmilson Barros de Oliveira, 'Frotinha' de Messejana. O acusado, que não portava documentos, foi deixado baleado pelos outros assaltantes dentro do veículo.

Populares estranharam a movimentação e ligaram para a Polícia. Patrulhas do Batalhão de Policiamento Comunitário (BPCom - Ronda do Quarteirão) chegaram ao local e verificaram que o homem já estava morto.

Equipes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Perícia Forense (Pefoce) foram acionadas e iniciaram a investigação. No corpo do homem foram localizados quatro tiros.Segundo um parente do federal, a bala que o atingiu entrou pelo peito e saiu pelas costas. Até o fechamento desta edição, o agente permanecia internado, mas segundo familiares, ele não corria risco de morte, em decorrência do ferimento causado pelo tiro.

Patrulhas da PM e equipes da Polícia Civil fizeram buscas aos outros três assaltantes, mas eles não foram localizados.

Policial civil
O inspetor da policial civil Tony Ítalo Lima Pinheiro, 29, que foi encontrado, na manhã do último sábado (24), com ferimentos a bala dentro de um veículo, teve morte cerebral confirmada na noite de ontem, pelo Instituto Doutor José Frota (IJF).

De acordo com laudo do hospital, o policial teve morte cerebral decretada às 18h19. Por ser doador de órgãos, ele foi encaminhado para o Setor de Captação da unidade hospitalar e, em seguida, seguiu para a sede da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) da Perícia Forense do Ceará (Pefoce).

Tony Ítalo Lima foi encontrado com uma perfuração a bala no peito e outros dois ferimentos na perna e de raspão na testa, dentro do automóvel dele na Avenida Eduardo Girão, bairro de Fátima.Segundo informações da Polícia, o inspetor seguia no sentido Aguanambi/José Bastos, quando perdeu o controle do automóvel e se chocou contra uma árvore e a mureta de proteção do canal. No dia da ocorrência, policiais militares que estiveram no local não encontraram a arma do policial, mas, segundo parentes, a pistola estava na casa dele.

Tony foi levado por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a emergência do IJF, onde permaneceu internado em estado gravíssimo. Durante o dia de ontem foram realizados exames que confirmaram a morte cerebral do policial civil.De acordo com o delegado Jairo Façanha Pequeno, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), as investigações estão em andamento. "O inquérito já foi instaurado. Trabalhamos inicialmente com uma tentativa de assalto", disse.

DN

12 aos 18 anos: Fortaleza tem o maior índice de homicídio entre as capitais

Dados fazem parte de estudo divulgado ontem pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência

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Entre os homens, o perigo de assassinato é 12 vezes maior do que o de mulheres. Os negros correm três vezes mais riscos do que os brancos
 
Foto: Waleska Santiago 
 
"O corpo de um menino de 12 anos foi encontrado em um matagal na Rua Conselheiro Araújo Lima, no bairro Henrique Jorge. O adolescente possivelmente foi morto a pedradas na cabeça. O motivo teria sido divergência com outros três garotos, que alegaram ter recebido ameaças do jovem assassinado". A notícia, veiculada nesta semana, ilustra bem o perfil das pessoas que estão sendo vítimas de homicídio em Fortaleza. A principal motivação é, quase sempre, o envolvimento com o tráfico de drogas e a disputa de território.

Os dados são alarmantes. Prova disso é que Fortaleza é a capital brasileira com maior Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). Para cada grupo de 1.000 adolescentes que chegam aos 12 anos, 9,92 serão mortos por homicídio antes de completar 19 anos. Índice muito acima da média nacional, de 3,32. Mesmo no Nordeste, região cuja média foi a maior do País, o índice é de 5,97. É o que aponta estudo divulgado ontem pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Observatório das Favelas, como parte do Programa de Redução da Violência Letal (PRVL).

O objetivo do trabalho é estimar a mortalidade por homicídio na adolescência, especificamente na faixa etária dos 12 aos 18 anos. Ele expressa, para cada 1.000 adolescentes que completam 12 anos, o número que não chegará aos 19 anos, pois será vítima de homicídio ao longo desse tempo. Depois de Fortaleza, estão Maceió (AL) (9,37) e Salvador (BA) (8,32). O IHA conclui que, em 2012, os homicídios na população adolescente entre 12 e 18 anos foi a mais alta dos últimos oito anos.

Em relação ao sexo, chama a atenção que o risco de assassinato de homens é 12 vezes maior do que o de mulheres. E o risco relativo à cor/raça é quase três vezes superior para os negros em comparação aos brancos. Para avançar na redução dos homicídios, o estudo destaca que é fundamental que as políticas preventivas incorporem critérios relacionados às dimensões de gênero, racial, etária e territorial.

Celina Lima, professora do Departamento de Ciência Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC) e coordenadora adjunta do Laboratório de Estudos da Violência (LEV), atribui os altos índices de homicídios entre adolescentes a causas externas.

No caso de Fortaleza, ao surgimento de organizações criminosas que, muitas vezes, recrutam até crianças para trabalharem no crime. "Os adultos se utilizam desses jovens para servirem ao tráfico. A questão da droga é bastante preocupante. As armas de fogo nas mãos desses jovens é outro problema. Tudo isso tem contribuído", esclarece.
Negligência
Mas, ao mesmo tempo que são agressores, acrescenta a especialista, esses adolescentes são também vítimas, uma vez que uma série de direitos lhes são negados, alguns deles essenciais, como saúde, educação e moradia digna. "Se você parar para observar, são pessoas com alto grau de vulnerabilidade social, em relação à questão econômica, educacional e também à negligência familiar, já que os pais muitas vezes não cuidam".

Para tentar reduzir os índices de homicídios na Capital, Celina afirma que é preciso resolver a situação de vulnerabilidade social na qual os jovens estão inseridos. "Não é só questão de polícia. Ela, sozinha, não vai resolver o problema", frisa. Manter os jovens na escola, aumentar a oferta de emprego e oferecer opções de lazer são políticas que aponta para mudar esse cenário.

Pontos críticos serão o foco
O governador Camilo Santana definiu como prioridade ações de combate à criminalidade. No último dia 14, o grupo que compõe o Ceará Pacífico - plano de governo anunciado durante as eleições de 2014 -, realizou a primeira reunião deste ano.

O programa vai envolver, além de diversos órgãos do Poder Executivo Estadual, como a Secretaria da Segurança Púbica e Defesa Social (SSPDS), Secretaria da Educação (Seduc) e a Secretaria da Saúde (Sesa), entidades da sociedade civil, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), Ministério Público, entre outras instituições. Nos próximos 60 dias, o plano global do Ceará, envolvendo ações focadas nos locais mais críticos do Estado, deve ser apresentado.

Outra iniciativa, informa a SSPDS, foi a formação de um grupo de trabalho composto por órgãos do Governo do Estado e da Prefeitura de Fortaleza, que se reuniu pela primeira vez na última terça-feira (27) para debater assuntos de segurança pública na cidade. "Esses encontros têm como objetivo montar um plano de conduta na prevenção da violência e uso de drogas, bem como ações de acolhimento, tratamento e responsabilidade social", destaca o órgão, em nota.
Continuidade
Além dessas ações, a SSPDS acrescenta que dará continuidade ao Programa Em Defesa da Vida, que contribuiu para reduzir o crescimento de crimes violentos letais intencionais e proporcionou a integração dos órgãos que compõem o Sistema de Segurança Pública do Estado. Lançado em abril de 2014, o programa tem como premissas a territorialidade, a responsabilidade, o estabelecimento de metas e a meritocracia - os servidores do sistema de segurança lotados nas áreas que conseguiram reduzir os índices criminais recebem premiação em dinheiro.

Luana Lima
Repórter
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Com Tributação: Gás de cozinha fica mais caro a partir de fevereiro

O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - conhecido como gás de cozinha - vai ficar mais caro para os cearenses a partir da primeira semana de fevereiro. A informação foi dada pelo Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado (Sincegás), que informou que o aumento de 13,4% da pauta do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Fiscal (PMPF) sobre o produto, divulgado no último dia 23 pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), foi o principal motivo do reajuste ao consumidor.

"A tributação em cima do valor médio do GLP (R$ 3,3077 o quilo) subiu consideravelmente e não temos mais como segurar o preço. No fim do ano passado, a Petrobras também promoveu um aumento e nós não repassamos ao consumidor. Agora, isso terá que ser feito", afirma o presidente do Sincegás, Luciano Holanda. Segundo ele, ainda não há uma previsão de quanto o gás de cozinha vai subir. "O repasse vai depender do custo de cada revenda", acrescenta.
Outros fatores
Ainda de acordo com o presidente do Sincegás, além do aumento da pauta do PMPF sobre o GLP, há outros fatores que irão impulsionar o reajuste do produto, como a elevação do preço da gasolina a partir do dia 1º de fevereiro. "Isso pesa bastante na entrega do gás, tendo em vista que tanto as distribuidoras como as revendedoras utilizam muita gasolina e diesel para prestar esse serviço", diz.
Impactos
Segundo Holanda, há ainda um aumento de 9% no salário dos trabalhadores do setor de gás, além da previsão de alta na energia elétrica ao longo do ano, fatores esses que pressionam ainda mais o custo do GLP.
A última vez que o gás de cozinha passou por um reajuste no Estado foi em junho do ano passado, de acordo com o Sincegás. Na época, aliás, a pauta do PMPF sobre o GLP, que entra na base de cálculo do ICMS, também foi elevada.

DN

Refinaria no Ceará: a ilusão se desfaz

Em decisão inesperada, a Petrobras informou em seu balanço que encerrou os projetos das refinarias Premium I e II; em nota, cogitou a possibilidade de retomar projetos de refino em 2025 e lamentou a falta de parceiros

Passaram-se quase sete anos desde que o então presidente Luís Inácio Lula da Silva garantiu, em evento no Ceará, a instalação da refinaria Premium II no Estado, um sonho de cerca de cinco décadas da população cearense. Depois de muitas idas e vindas, adiamentos e rumores de que a usina não seria realizada, a Petrobras anunciou, na madrugada de ontem, que, de fato, o projeto de implantação do empreendimento foi encerrado.

Envolvida em diversos escândalos de corrupção, a empresa divulgou as suas demonstrações contábeis trimestrais não revisadas pelos auditores independentes. No documento, afirmava que, no último dia 22 de janeiro, a companhia decidiu encerrar os projetos de instalação tanto da refinaria cearense quanto a do Maranhão, a Premium I.

> Desistência do projeto gera perda de R$ 596 mi

"A Companhia, diante dos resultados econômicos alcançados até o momento, consideradas as taxas previstas de crescimento dos mercados interno e externo de derivados e da ausência de parceiro econômico para a implantação, condição prevista no Plano de Negócios e Gestão da Companhia, PNG (Plano de Negócios e Gestão) 2014-2018, entendeu que deveria encerrar estes projetos de implantação", anuncia o texto do documento.
Entre boatos e ações
No ano passado, já havia sido vazado no mercado que a Petrobras iria adiar os projetos das duas refinarias em virtude de uma desaceleração do crescimento da demanda de combustíveis no País. Após a divulgação dessa informação na imprensa, a presidente Dilma se apressou a defender o contrário, garantindo que os projetos seriam entregues dentro do cronograma, ou seja, em 2018 para a Premium II e 2019 para o primeiro trem da Premium I (que seria entregue em duas etapas).

O Diário do Nordeste entrou em contato ontem com a Presidência da República, mas foi informado pela assessoria de imprensa que o governo federal não iria se pronunciar oficialmente sobre o assunto.
Acontecimentos
Quando anunciadas, as duas refinarias somavam investimentos de US$ 30 bilhões para sua implantação. Diante da experiência com a instalação da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco - que passou de um custo inicial de US$ 2,5 bilhões para US$ 18,5 bilhões -, a Petrobras decidiu rever os custos das unidades Premium, em busca de viabilidade econômica compatível com os preços internacionais para o custo do barril unitário.

Ainda em 2013, a presidente da companhia, Graça Foster, chegou a declarar que ambas as usinas eram economicamente viáveis, que seus projetos, então refeitos, tinham alcançado um Valor Presente Líquido (VPL) positivo. Para conseguir isso, "muitas simplificações" nos projetos haviam sido feitas. "(Os projetos) estão num nível de maturidade extremamente alto", afirmou.

Em julho do ano passado, Foster garantiu que, até o fim de 2014, seriam lançados os editais de licitação para as obras das usinas, o que não aconteceu. A Petrobras estudava que tipo de modelo iria utilizar para a construção das novas unidades e, qualquer que fosse o formato, deveria contar com investidores. "A autorização que nós temos do Conselho de Administração é de conduzir essas refinarias com parceria", afirmou ela, em resposta à indagação do Diário do Nordeste, em coletiva no Rio de Janeiro.

A Petrobras chegou a firmar um memorando de entendimentos com a sul-coreana GS Energy, apresentada à estatal pelo então governador Cid Gomes, mas as negociações não avançaram. Havia rumores de que a empresa estava negociando com parceiros chineses, mas nada foi confirmado. Foster reforçava apenas que existiam negociações em andamento. No comunicado anunciado ontem, todavia, a empresa declarou que não conseguiu parceiros.

Decisão econômica
Por diversas vezes, a presidente da Petrobras afirmou que a decisão pela implantação das refinarias Premium não era política, mas econômica. A defesa era de que, diante das perspectivas com a exploração de petróleo no pré-sal, eram necessárias novas unidades de refino para processar todo esse óleo, impedindo que o Brasil se tornasse apenas exportador de petróleo cru e importador de derivados. O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2023, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), lançado no ano passado, reforça esse posicionamento, mas pondera que os investimentos devem ser feitos somente com viabilidade garantida. "O aumento do excedente de petróleo nacional e a necessidade de importação de quase todos os principais derivados indicam claramente que há espaço para ampliação e adequação do parque nacional de refino, desde que estes investimentos se revelem economicamente viáveis para o investidor, ou que sejam considerados indispensáveis para a segurança do abastecimento do País", afirma o documento.

Estado repudia decisão
Ciente do acontecido desde a manhã de ontem, o governador Camilo Santana passou parte do dia com secretários e, por volta das 21h, lançou nota repudiando "totalmente" a decisão. "Essa atitude representa uma quebra unilateral do compromisso firmado com o Estado e configura um desrespeito da empresa com o povo cearense", diz a nota, informando da surpresa dele ao receber a notícia. O texto ainda diz que Camilo "cobrou explicações da Petrobras, conversou com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e solicitou uma audiência com Dilma Rousseff". Afirmou que "o Ceará cumpriu todos requisitos para a implantação da refinaria", e encerrou: "o Governo afirma que continuará lutando e empreendendo todos os esforços para viabilizar este importante projeto".

Projetos podem ser retomados em 10 anos
O projeto da refinaria Premium II está, de fato, encerrado. Assim como da Premium I. Contudo, em nota enviada na noite de ontem, a Petrobras afirmou que poderá retomar estes, ou algum outro projeto de refino, daqui a 10 anos. A estatal, contudo, não se compromete com esta possibilidade. "Há indícios que nova adição de refino possa se dar a partir de 2025. Caso nova demanda se confirme para este horizonte, projetos de adição de capacidade de refino poderão voltar a fazer parte dos próximos Plano de Negócios e Gestão da Companhia". "Os resultados econômicos para ambos empreendimentos não demonstraram atratividade até o momento, mesmo após incorporadas as otimizações de redução de custo de investimento" esclareceu. A segunda razão é que "o crescimento dos mercados interno e externo de derivados pode ser atendido pelo aumento de capacidade que o Promega (Programa de Maximização de Médios e Gasolina) vem promovendo nas 12 refinarias em operação, adicionado da Rnest e Comperj, em construção". Por fim, reforça a ausência de parceiro para a implantação da usina.(SS)

Análise
Será que fomos todos enganados?
Ao longo de tantos anos na edição de Economia, sempre que surgia algum novo lance em torno da Premium II havia reações de leitores duvidando da implementação do projeto. Mesmo em meio a todas as dificuldades já impostas para a concretização de uma refinaria no Ceará, entretanto, particularmente eu acreditava que um dia ela se tornaria real.

Mas, para mim, esteve sempre claro que faltava uma vontade política maior que garantiria a realização do projeto e também, em muitos momentos, a sensação de fragilidade da pressão a partir dos políticos pela usina. Muitas vezes, surgiram especulações e informações sobre adiamentos e até desistência da implementação do projeto no Estado. Em seguida, contudo, alguém de elevada credencial ou a própria Petrobras, assegurava que a ideia continuava de pé.

Após toda a crise que a estatal vivencia, respinga sobre o Ceará e o Maranhão um outro capítulo a partir da cena de corrupção que envolve a maior empresa brasileira. Mesmo considerando o contexto de dificuldade econômica vivenciado no País fica a pergunta: fomos todos enganados?

Regina Carvalho
Editora da Área de Economia

Sérgio de Sousa
Repórter

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Suspeito de facilitar fuga de homicida se apresenta a Polícia de Tauá

O suspeito de dar fuga ao responsável pela morte do universitário Mikael Moreira Feitosa se apresentou na noite desta terça feira (27), acompanhado de um advogado, à Polícia Civil de Tauá. Depois de dois dias fugindo da polícia, o mesmo resolveu se entregar e afirmou ter sido coagido por Antônio Leandro Almeida, suspeito do homicídio.
A apresentação de Josias Alves de Oliveira se deu por volta das 19h de desta terça feira, 27, depois que o advogado dele fez contato com policiais da delegacia de Tauá comunicando onde ele estava escondido. Uma equipe da Polícia Civil, composta pelo próprio delegado Victor Timbó, inspetores e escrivão da 14ª Delegacia Regional se deslocaram até a localidade de Facundo, zona rural de Parambu, de onde conduziram Josias para ser ouvida na delegacia de Tauá.
De acordo com Josias, Antônio Leandro estava com ferimentos na cabeça quando o ameaçou com uma arma e o convenceu a dar fuga  em seu veículo, um Fiat, modelo Uno, de cor prata, com placas da Bahia que foi localizado por policiais na Zona Rural de Parambu ainda na noite da última segunda feira (26).
Ao ser ouvido pelo delegado Victor Timbó, Josias contou que, até então, estava escondido na mata com medo por saber que também era procurado pela polícia. Já o delegado afirmou que Josias não participou da morte: estava no local errado, acompanhado pela pessoa errada, disse.
Após o depoimento, foi registrado contra Josias um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) devido à ajuda, ainda que involuntária, na fuga do suspeito responsável pela morte do jovem. Segundo o delegado, não há pistas do atirador, mas as buscam continuarão. Nesta sexta-feira (30) será enviado um inquérito solicitando à Justiça a prisão preventiva de Antônio Leandro. Após ser ouvido, Josias foi liberado.

Matéria adaptada do Diário do Nordeste

Saiba como descobrir se alguém está roubando sua internet Wi-Fi





Ter uma rede Wi-Fi na sua casa é praticamente obrigatório nos dias de hoje, com tantos celulares, tablets, laptops, videogames, TVs e outros dispositivos conectados. Ao mesmo tempo, sempre há a possibilidade de que algum espertinho tenha aproveitado uma brecha mínima que você tenha deixado na hora de criar sua rede e esteja conectado em sua rede sem a sua permissão.

Existem vários modos pelos quais você pode realizar esta tarefa; a mais básica de todas é olhar os LEDs do seu roteador para ver se ele está piscando mais do que seria normal. Isso não vai funcionar, no entanto, se você tiver muitos aparelhos conectados à sua rede, já que você provavelmente não vai identificar nenhuma diferença. Também não há muito que possa ser feito para solucionar o problema por este método.

Outro modo, mais refinado, é acessar as configurações de seu roteador. Qualquer modelo, por mais simples que seja, mostrará uma lista com todas as conexões ativas no momento, possibilitando o bloqueio de qualquer atividade estranha. Infelizmente, cada roteador tem sua própria interface, com menus únicos, então é impossível detalhar como acessar esta opção (é recomendável olhar o manual), mas é necessário acessar as configurações, normalmente disponíveis no endereço http://192.168.0.1.

A última opção, mas não menos útil, é utilizar um programa capaz de identificar conexões estranhas. Um deles é o SoftPerfect Network Scanner, mas há vários outros similares. O software faz uma listagem de todos os IPs e aparelhos conectados na sua rede. Ele é até mesmo capaz de desligar um computador ligado.

Basta seguir o passo a passo abaixo para ver a lista de dispositivos conectados. Se você tem, por exemplo, seis aparelhos conectados na sua casa, mas a lista mostra 9 conexões, por exemplo, há alguma coisa errada.
Reprodução
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Como criar uma rede segura e evitar conexões estranhas:
A forma mais simples de resolver este problema é resetar o roteador e mudar suas configurações para garantir que isso não aconteça de novo. Os passos abaixos não garantem totalmente a segurança de sua conexão, mas ajudam bastante e são uma camada a mais de dificuldade para possíveis ataques ou ladrões de sinal:

Trocar o nome da rede (SSID) e senha de acesso: ao instalar o aparelho em casa, éobrigatório mudar imediatamente o nome da rede e a senha de acesso. Sem isso, o equipamento usará um nome padrão de fábrica sem senha, que facilita a descoberta do modelo por um possível cibercriminoso. Com esta informação, ele pode explorar as vulnerabilidades que já são conhecidas.

Criptografia WPA2: Como dito antes, o mínimo que você deve fazer é colocar uma senha (de preferência bem forte). Depois disso, outro passo importantíssimo é definir o padrão de segurança. O WPA ou o WPA2 (prefira a segunda opção se possível) são protocolos muito mais seguros que o WEP, que pode ser quebrado com facilidade.

Desativar WPS (WiFi Protected Setup): O recurso pode gerenciar a segurança com mais simplicidade, mas é vulnerável. Em algumas horas, o PIN de 8 números pode ser quebrado por um ataque de força-bruta, deixando a rede exposta.

Ativar filtro de MAC: Com a utilização desta ferramenta, apenas os aparelhos autorizados poderão se conectar à rede. Cada dispositivo possui uma placa de rede própria, identificada por um endereço contendo uma sequência única de letras e números. Ao cadastrar esta informação no roteador, apenas os endereços cadastrados na lista de acesso poderão se conectar.

Desativar exibição do nome da rede (SSID): Ao fazer isso, sua rede fica “invisível” para outras pessoas, dificultando o direcionamento dos ataques. O problema é que será necessário digitar o nome da rede manualmente para cada novo dispositivo que se conecta.

Definir senha para modificar configurações: Além da senha de acesso à rede, é importante criar outra para mexer no roteador em si. Normalmente o equipamento vem com uma senha padrão ou, até mesmo, sem senha, criando uma brecha grave. No caso de algum cibercriminoso conseguir entrar na sua rede, ele poderá modificar o roteador para direcionar o usuário para sites maliciosos que imitam páginas legítimas, entre inúmeras outras alternativas.

Atualização de firmware: Fazer isso deve solucionar erros de segurança críticos e amplamente conhecidos. Na indústria da tecnologia, de um modo geral, um software desatualizado significa mais brechas, então a dica vale para todos os seus dispositivos.

BOLSO: Preço do pão fica até 10% mais caro a partir de fevereiro



O quilo do pão que atualmente custa R$ 8,50 deve ficar entre R$ 9,18 e R$ 9,35.


 





O pão deve ficar entre 8 e 10% mais caro para os consumidores cearenses já a partir do mês de fevereiro deste ano.

A previsão é do Sindicato das Industrias de Panificação e Confeitaria do Ceará (Sindipan-CE). O quilo do pão que atualmente custa R$ 8,50 deve ficar entre R$ 9,18 e R$ 9,35.

Segundo o presidente do Sindipan-CE, Lauro Martins, um dos principais elementos que vão influenciar a alta é o aumento do trigo no mercado externo.

Maraponga: Polícia fecha laboratório de drogas em condomínio

No local, foram achados 70 quilos de produto usado para misturar com os entorpecentes e 5,4 kg de cocaína pura

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Titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho, apresentou detalhes da investigação e prisão dos suspeitos 
 
FOTO: NATINHO RODRIGUES 
 
A Polícia fechou um laboratório para refino de drogas que funcionava dentro de um apartamento em um condomínio, no bairro Maraponga, em Fortaleza. O grupo preso no local, na última segunda-feira (26), é suspeito de participação em assaltos a estabelecimentos financeiros e a residências. No local foram encontradas drogas e componentes químicos para mistura.

Segundo a Polícia, a quadrilha é chefiada por Francisco de Assis Fernandes da Silva, o 'Barrinha', que já constou na lista dos mais procurados do Estado e hoje está recolhido em um presídio federal. O mesmo local já havia sido fechado pela Polícia no mês de junho do ano passado, em desdobramento da operação que capturou 'Barrinha'.

Ontem, o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Raphael Vilarinho apresentou os detalhes da operação desencadeada no fim da noite da última segunda-feira (26).
Químico
Foram contabilizados 70 quilos de mineíta, um componente químico utilizado para misturar com drogas; 5,4 quilos de cocaína pura; 173g de maconha; uma prensa mecânica e duas digitais; cinco aparelhos celulares; e fardamentos de uma empresa.Todo o material estava escondido em dois apartamentos, no mesmo condomínio em que houve a primeira apreensão no mês de junho, no bairro Maraponga, em Fortaleza. Os cinco suspeitos agora respondem por tráfico, associação para o tráfico e porte ilegal de munição.

"Investigamos esse grupo por cerca de 10 dias. Eles usavam um veículo que está no nome do 'Barrinha', e isso chamou nossa atenção. Eles mantinham dois apartamentos no condomínio, sendo um que servia para laboratório", disse o delegado.Conforme Vilarinho, o grupo tentava se reestruturar financeiramente, após a prisão de 'Barrinha', capturado em junho do ano passado, em operação também da DRF.

"Essa é uma das organizações mais bem estruturadas do Estado. Eles tentavam recuperar capital para voltar a fazer roubos a residências e instituições financeiras. Felizmente, conseguimos dar este segundo grande golpe neles", apontou. No local, foram presos Francisca Teliane Luz Silva; Adriano Silva da Costa; Francisco Lucas de Souza; Afonso Célio Pires Rodrigues; e Jefferson Diego Holanda.Segundo o delegado, muitos dos suspeitos já são conhecidos da Polícia, com destaque para Jefferson, que já havia sido preso há cerca de seis meses.

"Estas pessoas, na maioria, respondem por ataques às instituições financeiras, assaltos e até homicídios. O que nos chama a atenção é a situação do Jefferson. A Justiça o inocentou. Ele foi preso em junho, quando localizamos o laboratório da quadrilha pela primeira vez, e já estava solto, mesmo respondendo por receptação, uso de documento falso, tráfico, associação criminosa e porte ilegal de arma", afirmou Vilarinho.
"Acreditamos que o fardamento de empresa encontrado no apartamento seria usado para fazer assaltos a residências, já que nenhum dos cinco presos trabalha no estabelecimento comercial", enfatizou.

Levi de Freitas
Repórter

Após recuo no seguro-desemprego, governo deve fazer outros cortes

A equipe econômica avalia que será obrigada a fazer um corte maior de gastos para compensar uma economia menor que o previsto com as novas regras do seguro-desemprego.Pressionado pelas centrais sindicais, o governo de Dilma Rousseff reconhece que precisará ceder na proposta original, o que reduzirá o ganho de R$ 9 bilhões esperado inicialmente com a medida. 

O jornal Folha de São Paulo apurou que a primeira opção para compensar o recuo é aumentar o tamanho do corte de gastos a ser definido após a aprovação do Orçamento da União pelo Congresso. Cálculos iniciais apontavam uma redução de R$ 27 bilhões neste ano.A determinação do Palácio do Planalto é negociar com as centrais, mas o governo não revogará as medidas, como pedem os sindicalistas. 

A avaliação é que as contas do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) – fonte de financiamento dos benefícios ao trabalhador– não suportam o atual ritmo de gastos.Para a equipe econômica, o essencial é que Dilma definiu que a meta de superávit primário de 1,2% do PIB, equivalente a R$ 66,3 bilhões, em 2015, será cumprida. 

O tamanho exato da perda com a negociação do seguro-desemprego dependerá das conversas com as centrais e o Congresso. Um assessor disse que uma das possibilidades é reduzir de 18 para 12 meses o período de carência na primeira solicitação do benefício. Antes da mudança, esse período era de 6 meses.
Nas discussões com as centrais, a área técnica do governo também trabalha com cenários de nove e dez meses.

O impacto fiscal de cada uma dessas hipóteses vem sendo mantido em sigilo pela equipe econômica sob risco de prejudicar a negociação com os sindicalistas, afirmam assessores presidenciais.Outra possibilidade de compensação, mas que depende do aval de Dilma, é rever algumas das desonerações tributárias feitas pelo governo no primeiro mandato. 

A atual equipe da Fazenda está fazendo estudos sobre a eficácia real da desoneração da folha de pagamento em todos os setores beneficiados.Caso em alguns deles fique provado que não houve ganho para a economia, a Fazenda vai propor rever o benefício concedido. 

Com o endurecimento das regras do seguro-desemprego, seguro defeso (pago a pescadores durante a proibição da pesca), abono salarial e pensão pós-morte, a expectativa era economizar R$ 18 bilhões por ano. Com o aumento de impostos, o governo espera uma receita extra de R$ 20,63 bilhões em 2015.
O recuo no seguro-desemprego decorre não só da pressão das centrais. Dentro do PT há irritação com o tamanho do ajuste que a equipe econômica está promovendo.

Com informações da Folha de São Paulo

Municípios têm até esta quarta-feira (28) para solicitar profissionais do Mais Médicos

Termina nesta quarta-feira (28) o prazo para os municípios se inscreverem no Mais Médicos. Nesta nova edição do programa, 1.500 prefeituras poderão solicitar ao governo profissionais para prestar atendimento clínico na rede pública de saúde. A adesão pode ser feita no site do programa.

Estão aptas a aderir as prefeituras que receberam médicos do Provab 2014, que termina em fevereiro, e aquelas de municípios com maior vulnerabilidade econômica e social. Tiveram prioridade, por exemplo, as cidades com 20% da população em extrema pobreza, com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baixo, localizadas no semiárido, nos vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira e nas periferias de capitais e regiões metropolitanas. O Ministério da Saúde também deu prioridade à expansão do programa para os distritos indígenas.

Criado em 2013, o programa levou médicos a 3.785 municípios, o que corresponde a  68% das cidades do País. Os 34 Distritos Sanitários Indígenas  também receberam profissionais.Os médicos com registro no Brasil poderão se inscrever até quinta-feira (29).

Pesquisa da Unifor Rebanho deve gerar biomedicamento

Com um novo clone de cabra transgênica, animais serão destinados ao combate de doença genética

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A experiência realizada por pesquisadores da Unifor foi destaque em todo o Brasil e no mundo. Os especialistas acreditam que um rebanho de quatro cabras é suficiente para atender à necessidade do medicamento no País 
 
Foto: José Leomar 
 
O primeiro clone caprino transgênico da América Latina completou, ontem, 10 meses de vida. Gluca foi criada com o objetivo de produzir um tipo de proteína para combater uma enfermidade rara, mas onerosa. O sucesso da experiência, realizada por pesquisadores da Universidade de Fortaleza (Unifor), foi destaque em todo o País e no mundo. Agora, com a produção de um novo clone, terá início um rebanho destinado à produção de biomedicamentos.

Beta nasceu no último dia 12, produzida a partir de células da Gluca. Ou seja, ela é um clone de um clone. Ambas são geneticamente modificadas a fim de produzir um medicamento para o tratamento da doença de Gaucher, um problema genético que afeta mais de 700 pessoas no Brasil, mas representa um custo anual de R$ 140 milhões para o Ministério da Saúde, segundo os pesquisadores. Quem tem a patologia produz a glucocerebrosidade humana defeituosa, uma enzima que se torna incapaz de processar um tipo de lipídio no organismo. Os testes com o primeiro clone mostraram resultados além do esperado.


"Ela expressa muito bem a proteína. A gente estima entre quatro e oito gramas por litro", comemora a professora da Unifor e coordenadora do projeto, Luciana Relly Bertolini. A produção da enzima ocorre pela glândula mamária, sendo retirada e purificada do leite.

Segundo a professora, que também é doutora em genética e orientadora da Rede Nordeste de Biotecnologia (Renorbio), "o grama da glucocerebrosidade, custa em torno de R$ 150 mil. É um dos medicamentos mais caros para o governo brasileiro". Ela explicou, ainda, que as pessoas que têm a doença de Gaucher precisam receber a medicação a cada 15 dias, para o resto da vida.

Graças aos bons resultados, os pesquisadores acreditam que um rebanho com apenas quatro cabras é suficiente para atender a toda necessidade do País, reduzindo drasticamente os custos com a medicação, atualmente importada. "O Brasil não produz nenhuma proteína recombinante para uso terapêutico nacionalmente e importa 100% de todos esses medicamentos biológicos", explicou Leonardo Martins, doutorando da Renorbio e participante do projeto. "É necessário um estímulo a trabalhos como este, que busquem uma solução nacional de medicamentos biológicos", completou.

O processo para o desenvolvimento dos biofármacos ainda deverá levar cerca de cinco anos. Contudo, as próximas etapas deverão ser mais rápidas. "Nós começamos a trabalhar em 2011 para produzir a Gluca, que nasceu em 2014. A Beta já nasceu dez meses depois. A reprodução de um rebanho depois que se tem o animal fundador é bem mais rápida", disse Luciana Bertolini. Com os dois clones, a reprodução das próximas cabras pode ser feita através de inseminação, "se a gente escolher que não quer uma cópia genética idêntica, mas um animal que tenha a mesma característica delas", acrescentou.
Testes
Em paralelo à reprodução, está sendo estudado o processamento do leite das cabras transgênicas. "O da Gluca foi testado e está em processo de purificação, porque essa proteína está misturada no leite junto com todas as outras", afirmou a professora. Após esse processo, será testada a eficiência da enzima como medicamento para, só então, começarem os testes clínicos. "Para tanto, nós precisaremos ainda da autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)".

Para realizar o processamento, a pesquisa conta, além da Fundação Edson Queiroz, com o apoio de um projeto de Subvenção Econômica da FINEP-2009, em direta colaboração com a Quatro G Pesquisa & Desenvolvimento Ltda., empresa situada no Tecnopuc da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e a Agropecuária Esperança Ltda., do Grupo Edson Queiroz.
Apesar do ineditismo da pesquisa, a Unifor é pioneira na área da genética desde 2012, quando nasceram o primeiro clone caprino do Brasil e as primeiras cabras transgênicas produzidas para a expressão da lisozima humana no leite.

Os animais foram resultado do projeto da Rede de Caprino-Ovinocultura e Diarreia Infantil do Semiárido (Recodisa). O objetivo foi criar caprinos para a produção de leite com lisozima, uma proteína antimicrobiana presente no leite materno humano, que age como fonte extranutricional de resistência a infecções e um aliado no combate à desnutrição e à mortalidade infantil. Testes toxicológicos e farmacológicos com o leite estão em fase de conclusão.
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EM BOA VIAGEM > Carro-pipa chama a atenção com desperdício de água


O flagrante de um carro-pipa circulando pelas ruas de Boa Viagem, no Centro do Ceará, derramando água, chamou a atenção de muitos moradores na manhã da última segunda-feira, 26. Segundo informações do repórter Valdenir Rodrigues, do site Boa Viagem Notícias, o motorista do caminhão não percebeu que a tampa de vedação do tanque havia rompido e por onde passava o veículo deixava o rastro de água, desperdiçada.

Após algum tempo, com a ajuda de moradores sinalizando, o repórter conseguiu parar o motorista, cujo nome não foi revelado, e informa-lo do problema. O condutor do carro-pipa, cadastrado no programa emergencial Operação Pipa, informou que não havia percebido o vazamento. Após fechar a válvula seguiu a viagem. Ele não informou qual o destino da água.

Havia motivo para a preocupação do repórter e dos moradores. Como muitos municípios do Interior do Ceará Boa Viagem passa por uma das piores crises de abastecimento de água da sua história. Conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) o São José I está apenas com 1.69% de sua capacidade e o Vieirão com 3,18%, representando um volume de 660 mil m³ de água.
Boa Viagem - Carro-pipa flagrante desperdídio de água - Valdenir Rodrigues Foto Foto:Valdenir Rodrigues

Lima Campos: Açude cearense socorre a Paraíba


Carros-pipas estão retirando água do açude para levar para as comunidades do interior paraibano

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Água atende mais de 20 cidades, que mais estão sofrendo com os anos seguidos de seca
FOTO: HONÓRIO BARBOSA 
 
Iguatu. Diariamente, 50 caminhões pipa oriundos da Paraíba percorrem em média 200 km para captar água no Açude Lima Campos, localizado no município de Icó, na região Centro-Sul do Ceará. Essa situação ocorre quando o sertão nordestino enfrenta uma das maiores crises de abastecimento dos últimos 50 anos e, com isso, reservatórios e poços estão secando.

A partir do próximo mês, o número de caminhões da Operação Pipa, coordenada pelo Exército, na Paraíba, que faz a captação de água no Ceará, deve ser acrescido em mais 70 veículos. No total, serão 120.

Pelo menos essa é a informação repassada pelos motoristas dos caminhões pipa (pipeiros) que desde novembro do ano passado começaram a vir pegar água no açude Lima Campos, reservatório administrado pelo Departamento Nacional de Obras e Combate à Seca (Dnocs).

O vai-e-vem de caminhões é intenso na margem do Açude Lima Campos. O serviço começa pela madrugada, por volta das 4 horas. A maioria faz duas viagens diariamente para socorrer milhares de famílias que enfrentam escassez de água no sertão paraibano, percorrendo mais de 400km. São cerca de 20 municípios atendidos, dentre eles: Uiraúna, Triunfo, Bernardino Batista, Poço Dantas, Cajazeiras, Souza, Aparecida, São João do Rio do Peixe, Marizopólis, São José de Piranhas, Diamante e centenas de localidades no Vale do Piancó.
Gravidade
"A situação das famílias é grave e depende dessa água", disse o pipeiro Jurandir Lacerda, que há seis anos trabalha como motorista de caminhão pipa, na região de Uiraúna. "Os açudes secaram, não tem mais água nos poços e o jeito que o Exército encontrou foi pegar água aqui no Ceará que está salvando a Paraíba", disse. "A gente coloca água numa cisterna e as famílias próximas vêm buscar com baldes".

Na manhã de ontem, o pipeiro José Duarte de Aquino contou que quando o caminhão chega às comunidades rurais, centenas de moradores se aglomeram e disputam uma lata de água. "Cercam o caminhão e se a gente não tiver cuidado pode atropelar as pessoas", disse. Há um ano que Aquino faz o transporte de água para o abastecimento de famílias no município de Triunfo e há quatro meses começou a viajar para o Ceará. "Esse açude é a nossa salvação", afirmou.

O sistema de abastecimento dos caminhões é simples e improvisado nas margens do Açude Lima Campos. Há dois motores movidos a óleo diesel que fazem o bombeamento para os tanques por meio de canos instalados em forquilhas de troncos de árvores nativas. Em 20 minutos, o caminhão fica cheio. Outros veículos têm sistema de bombeamento próprio. O encarregado local, Kenedy Alves, confirmou que a partir de fevereiro o movimento deve aumentar e serão 120 veículos vindos da Paraíba.
Preocupação
Nas primeiras semanas da chegada dos caminhões os moradores de Lima Campos ficaram preocupados, temendo a perda de água. "Sei que eles estão sofrendo, mas se o açude secar a gente vai sofrer também", disse a dona de casa Francisca Souza. O agricultor aposentado Raimundo Leandro da Silva gosta de acompanhar o movimento dos veículos e mostrou ser favorável ao abastecimento. "Acho certo porque eles precisam e todos são nossos irmãos", disse. O reservatório Lima Campos, construído em 1932, um dos mais antigos do Nordeste, acumula 55% de sua capacidade e é reabastecido pelo Orós, o segundo com maior volume do Ceará.

Além de afetar o abastecimento rural, o baixo nível dos reservatórios no sertão da Paraíba já atingiu áreas de produção de banana e de coco em perímetros irrigados, desde 2013, reduzindo a produção em 90%. Em Souza, o coqueiral no perímetro irrigado de São Gonçalo foi drasticamente atingido. O mesmo ocorreu em Cajazeiras, em núcleos de produção de banana irrigada.

O coordenador da Operação Pipa, no município de Uiraúna, Lindon Johnson Figueiredo, confirmou a gravidade da crise de abastecimento de água em cidades da região: Triunfo, Joca Claudino, Poço Dantas, Vieirópolis, Bernardino Batista e Uiraúna. "Temos 10 caminhões que atendem a 1500 famílias", disse Figueiredo. "Até agora nada de chuva e parece que em 2015 a situação vai piorar".

De acordo com dados da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), 28 açudes, dos 124 monitorados pelo órgão, estão com menos de 5% da capacidade armazenamento. Outros 20 mananciais já apresentam volume morto.

Honório Barbosa
Colaborador
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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Eleições 2014: Eunício quer tirar Camilo do governo

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A Coligação Ceará de Todos, liderada pelo PMDB, que foi derrotada na disputa para o Governo do Estado no ano passou, entrou com outras duas ações contra o governador Camilo Santana (PT) e a vice-governadora Izolda Cela (PROS) solicitando, dessa vez, a impugnação dos mandatos dos dois. Em dezembro de 2014, pouco antes da diplomação dos eleitos, o grupo, encabeçado pelo candidato derrotado Eunício Oliveira (PMDB), já havia entrado com quatro ações de investigação eleitoral.

Depois da diplomação, a coligação entrou com duas ações de impugnação de mandato eletivo, onde os mesmos temas são abordados, mas com penas diferentes. O TRE ainda não se posicionou a respeito dessas novas ações em que estão incluídos, também, o ex-governador Cid Gomes e o ex-secretário de Segurança Pública estadual, Servilho Paiva e outros integrantes do Governo anterior.

De acordo com o advogado da coligação, Vicente Aquino, o desembargador Abelardo Benevides, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que ficou como relator das quatro primeiras ações, já notificou as partes acusadas para que elas se manifestem. As primeiras ações foram de abuso de poder político e econômico com captação de sufrágio.

A assessoria de comunicação do governador Camilo Santana disse que não poderia passar informação sobre as notificações do Tribunal Regional Eleitoral, visto que estava em um evento externo com o chefe do Poder Executivo. No entanto, se comprometeu a dar resposta sobre o assunto, mas até o fechamento desta edição o contato não foi retomado.
Abuso de poder
Uma das ações, impetrada por Eunício Oliveira e pela coligação Ceará de Todos, formada pelos partidos PMDB, PR, PSDB, DEM, PPS, PSC, PSDC, PTN e PRP, dispõe sobre denúncia de abuso de poder político e econômico contra o governador Camilo Santana, assim como contra Izolda Cela, Cid Gomes, Servilho Paiva, então secretário de Segurança Pública; e Lauro Carlos de Araújo Prado, comandante Geral da Polícia Militar.

Uma terceira ação, também solicitando investigação judicial eleitoral por abuso de poder político e econômico contra Camilo, Izolda, além Carlo Ferrentini, Gilvan Silva, Sergio Fontenele e Nelson Martins, esses então representantes das secretarias de Cidades, Esporte, Desenvolvimento Agrário e da superintendência do Desenvolvimento Agrário.

Dentre os pedidos feitos nessa ação estão a apresentação de toda a documentação relativa aos convênios firmados pelo Estado com diversas prefeituras, assim como cassação do diploma e Camilo e Izolda, além de pena de inelegibilidade para estes e pra os demais promovidos.

Outra ação pede investigação contra até 15 pessoas, dentre elas o ex-governador Cid Gomes, o ex-secretário de saúde, Ciro Gomes, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, além de Camilo Santana e Izolda Cela por uso da máquina estatal em favor das suas respectivas candidaturas governistas.

Dentre as acusações está a veiculação de publicidade institucional no site oficial do Governo, assim como nas redes sociais, durante os três meses que antecederam o pleito. Um provável aumento de inserções da Prefeitura de Fortaleza no período eleitoral também é apontado pela acusação como manobra para alavancar a candidatura de Camilo Santana na Capital.

Diário do Nordeste