Ex-vereador e eleito deputado pela primeira vez em 2010, Paulo Facó (PTdoB) obteve pouco mais de 23 mil votos no pleito passado, não conseguindo se eleger para a Câmara Federal. Ele aguarda um chamado do governador do Estado, Camilo Santana, para compor um dos escalões de sua gestão.
Enquanto isso, Facó voltou para suas atividades na Companhia de Água e Esgoto do Ceará, a Cagece, onde trabalha no departamento comercial e deve receber R$ 5 mil por mês. Ele disse que o presidente do partido, Haroldo Abreu, está fazendo as negociações com o Governo do Estado, uma vez que o partido fez parte da coligação que ajudou a eleger Camilo Santana.
“Sou peão. Esses partidos menores ainda não entraram na grade do Governo. Meus costumes não mudaram nada, continuo do mesmo jeito simples”, disse Facó destacou que, quando era deputado, dos R$ 20 mil que recebia, só R$ 12 mil eram repassados para ele, por conta das contribuições e descontos feitos. “Nos últimos meses, eu só recebia R$ 5 mil porque tinha feito um empréstimo”, admitiu.
O ex-deputado disse que pretende pagar a previdência, que está atrasada, para poder se aposentar pelo INSS. “Na Cagece, eu vou ganhar R$ 5 mil e devo pagar a previdência que está atrasada. Mas se o governador puder nos ajudar vai ser melhor”.
Outro que aguarda posicionamento da gestão de Camilo Santana é o ex-deputado Lula Morais (PCdoB), um dos maiores defensores da administração Lula/Dilma e do governador Cid Gomes.
Por enquanto, ele deve ser encaminhado para o grupo de consultores do Conselho de Altos Estudos da Assembleia Legislativa, o que ficou acordado com o presidente da Casa, José Albuquerque (PROS).
No entanto, seu nome está em uma lista que o partido apresentou ao chefe do Poder Executivo para participar da gestão. “Estamos aguardando um chamado do governador para algum aproveitamento”, disse Lula, referindo-se a ele e a Arruda Bastos, ex-secretário da Saúde.
Iniciativa privada
Já Mário Hélio (PMN) afirmou que está cuidando de seus negócios na iniciativa privada. “Estou vendo se há algum chamado, porque meu partido participou e ajudou a eleger o atual Governo. Mas, paralelamente, vou vendo se me reconstituo. Só acho que quem tem que nos procurar é quem acha que a gente pode fazer parte do Governo”.
Membro do PDT, o ex-deputado Delegado Cavalcante diz que sua participação na política já passou e vai se dedicar às suas funções na Polícia Civil e ao Terço dos Homens, do qual é coordenador regional. “Não fui chamado nem para fazer a faxina do Palácio da Abolição”, ironizou.
Vice-líder do Governo Cid Gomes na Assembleia, Augustinho Moreira (PV) aguarda comunicado do Governo Estadual indicando participação na gestão. Enquanto isso, atua como advogado na Secretaria Executiva Regional I (SER I), em Fortaleza.
(DN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário