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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Após demissão de Foster, Aldemir Bendine, do Banco do Brasil, é o novo presidente da Petrobras

Conselho de Administração da Petrobras se reúne nesta sexta

Aldemir Bendine
Atual presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, será o novo presidente-executivo da Petrobras
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil 
 
O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para substituir Graça Foster na presidência da Petrobras.Na quarta (4), Graça Foster e outros cinco conselheiros pediram demissão do cargo. O Conselho de Administração da companhia está reunida na manhã desta sexta-feira (6) para escolher os novos nomes da diretoria. 

O conselho é composto por dez pessoas e é presidido por Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda. Ele está no conselho por indicação do acionista controlador, ou seja, o Tesouro Nacional - portanto, o governo. Os demais membros são conselheiros.Graça Foster também participa.

Confira os membros e quem elegeu cada um para ocupar o cargo:
- Guido Mantega, eleito pelo acionista controlador
- Maria das Graças Silva Foster, eleita pelo acionista controlador
- Luciano Galvão Coutinho, presidente do BNDES, eleito pelo acionista controlador
- Francisco Roberto de Albuquerque, eleito pelo acionista controlador
- Márcio Pereira Zimmermann, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, eleito pelo acionista controlador
- Sérgio Franklin Quintella, eleito pelo acionista controlador
- Miriam Aparecida Belchior, ex-ministra do Planejamento, eleita pelo acionista controlador
- José Guimarães Monforte, eleito pelos acionistas preferencialistas
- Mauro Gentile Rodrigues da Cunha, eleito pelos acionistas minoritários
- Sílvio Sinedino Pinheiro, eleito pelos empregados.
Renúncia 
A renúncia coletiva ocorreu após os diretores não aceitarem o cronograma definido por Dilma Rousseff para a mudança na direção da empresa. Dilma queria que eles ficassem até o fim do mês.

Restou a Graça informar Dilma de que já não tinha condições de controlar os demais colegas de diretoria e que a mudança teria que ser antecipada para esta sexta.

Ao contrário das negativas anteriores, desta vez Dilma concordou com a saída da auxiliar, de quem é amiga. A posição de Dilma só mudou depois que o Conselho de Administração da empresa divulgou, na semana passada, uma baixa em seus ativos da ordem de R$ 88 bilhões, fruto de desvios e ineficiência na execução de projetos.

O número acabou fora do balanço não auditado referente ao terceiro trimestre de 2014, mas enfureceu Dilma, que considerou a conta descabida e superestimada. Para ela, conforme definiram assessores, a sua mera divulgação foi um "tiro no pé."

Na opinião de ministros, a chefe da empresa jamais poderia ter deixado que os consultores contratados para fazer o cálculo chegassem a um número tão alto sem contestação da metodologia.

O episódio acabou deteriorando ainda mais a situação financeira da Petrobras, que perdeu quase 3/4 de seu valor de mercado nos últimos anos devido à política de investimentos considerada inflada e à corrupção.
Nomes 
A troca na presidência da estatal só não havia ocorrido ainda por falta de um sucessor imediato a Graça Foster. Alguns dos cotados mostraram resistência em assumir o cargo antes da atual diretoria resolver os problemas do balanço financeiro da empresa.

O Palácio do Planalto procurava um nome de fora da companhia, de preferência do mercado, que dê um choque de credibilidade à empresa, mas tem enfrentado dificuldades para encontrar um executivo que se disponha a assumir o controle da estatal em meio ao maior escândalo de corrupção de sua história.

Graça Foster defendia um nome que já esteja no Conselho de Administração da estatal, como o de Luciano Coutinho (BNDES).

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