José Maurício Nascimento da Silva foi capturado em uma feira por
força de mandado de prisão emitido pela Justiça do Rio de Janeiro
Foto: Naval Sarmento
Francisca Gleiciane Oliveira da Silva foi assassinada em março do ano passado na comunidade da Rocinha
O suspeito foi capturado após ser reconhecido por reportagens veiculadas na imprensa. Ele aguarda a transferência para o Rio de Janeiro, que já foi solicitada pela Polícia daquele Estado.
José Maurício Nascimento da Silva, 33, é natural de Mamanguape, sede da Região Metropolitana do Vale do Mamanguape, distante cerca de 62 quilômetros de João Pessoa, na Paraíba. Segundo as investigações, ele teria estuprado e estrangulado Francisca Gleiciane Oliveira da Silva, durante o carnaval do ano passado, no banheiro do bar que Silva havia alugado para morar, na comunidade da Rocinha.
Prisão
De acordo com o diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), delegado Ricardo Romagnoli, o suspeito foi localizado no bairro Autran Nunes, em Fortaleza, na tarde da última terça-feira (3).
"Ele fez silêncio quando perguntamos sobre o crime. Não confirma, mas também não nega. Diz que falará somente em juízo. Entretanto, confessa que já possui passagens pela Polícia em São Paulo por crimes de tentativa de homicídio, roubo e incêndio", conta o delegado.
As situações citadas pelo diretor da DHPP dizem respeito a ações distintas atribuídas a Silva. Em uma deles, ele teria roubado dinheiro e em seguida posto fogo no escritório de um ex-chefe, proprietário de um restaurante em que trabalhava. Em outra ocasião, teria tentado matar um desafeto durante uma briga de bar, também na capital paulista.
"Ele conta que veio para Fortaleza há 10 meses. Estava noivo, rompeu o relacionamento e vendeu o que tinha. Chegando aqui, disse que foi roubado por um taxista que levou todos os pertences. Então, buscou abrigo em uma casa de reabilitação para dependentes químicos, onde permaneceu por seis meses. Lá, ele conheceu algumas pessoas que faziam doações que lhe ofereceram emprego em uma feira", explicou Romagnoli.
Crime
Francisca Gleiciane era mãe de um menino, que na época do homicídio, trinha três anos de idade. De acordo com a investigação, ela saiu de casa na noite de 2 de março, segunda-feira de carnaval do ano passado, para se encontrar com um amigo.
O encontro, conforme familiares, nunca aconteceu. O amigo foi até a casa noturna onde haviam marcado, mas Gleiciane não apareceu. Na manhã seguinte, a mãe da mulher entrou em contato com o homem, para saber o paradeiro da filha.
Foi iniciada uma campanha e cartazes com a foto de Gleiciane foram espalhados na comunidade da Rocinha. Houve então a suspeita de um homem que havia alugado um bar para morar.
No dia 5, foram ao bar e na frente do endereço encontraram uma sandália que pertencia à mulher. Como estava fechado, a porta foi arrombada. Dentro do banheiro, o corpo de Gleiciane foi encontrado. Ela estava despida e amarrada. Fora estuprada, sendo ainda estrangulada com as próprias roupas. O corpo estava coberto por um lençol. O morador, José Maurício Nascimento da Silva, havia fugido.
DN
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