Nesta quinta-feira, 4, a Polícia Federal do Ceará cumpriu dois mandados
de busca e apreensão em desfavor de servidores da Caixa Econômica
Federal (CEF) envolvidos em apropriação indevida de valores. A operação
“Desfalque” apura fraudes contábeis no banco avaliadas em R$
3.937.560,09. Os dois prestaram depoimento na sede da PF e foram
liberados. Na casa deles, foram apreendidos documentos e objetos.
Segundo o delegado regional de combate ao crime organizado, Wellington
Santiago da Silva, os dois suspeitos trabalhavam na tesouraria da CEF do
shopping Del Paseo. As investigações começaram após a auditoria interna
da CEF detectar inconsistência nos lançamentos da tesouraria e
subcontas. Os dois empregados, que não tiveram os nomes revelados,
realizaram autenticações a débito em subcontas contábeis, no período de
maio de 2012 até maio de 2014.
“O golpe era simples, eles faziam a retirada do dinheiro na tesouraria e
faziam um registro fictício no sistema o caixa. Um saque no valor de R$
800 mil chamou a atenção do banco e um dos funcionários foi visto pelo
sistema de segurança carregando várias sacolas”, explica Wellington. O
objetivo deles era a apropriação de numerário (meio de pagamento
universal e de aceitação obrigatória) pertencente a CEF para originarem
pendências contábeis , disponibilizando recursos financeiros nos caixas
que operavam e usando o valor do numerário em benefício próprio.
A investigação também apontou que os servidores compartilhavam suas
senhas para maquiar o fechamento contábil de seus caixas. O caso segue
sendo investigado sob segredo de Justiça e foi decretada a
indisponibilidade de bens dos acusados, que também foram afastados de
suas funções.
Para a PF, as medidas judiciais foram para colher mais indícios sobre a
participação de cada um dos empregados públicos na fraude, bem como
rastrear e recuperar o dano causado ao erário (recursos financeiros do
poder público).
Operação
O nome “Desfalque” foi escolhido por fazer referência à apropriação,
desvio ou retirada ilícita dos valores por parte dos empregados,
utilizando os cargos que ocupavam.
Fonte: O POVO Online
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