Foi sepultado na manhã do sábado (13) no cemitério São Judas Tadeu, em
Tauá, o corpo da menina de 6 anos, que morreu na noite da última
quinta-feira (11) vítima de um tiro na boca, no Bairro Bezerra e Souza,
nesta cidade.
Entendendo o caso:
A Polícia Civil de Tauá, instaurou inquérito para apurar o caso envolvendo a garotinha Iasmin Alves da Silva, nascida
em 10/09/2008, filha de Antônio Benvindo da Silva, e de Jéssica Alves
Barbosa, (ambos já falecidos), morta com um tiro na boca, na noite da
quinta-feira (11) no Bairro Bezerra e Souza. A garotinha era estudante
da Creche Centro de Educação Infantil (CEI), professora Maria Gomes,
situada no Bairro B.Souza.
A menina foi atingida com um tiro de pistola calibre 380 quando brincava
com a arma segundo informou uma tia com a qual morava desde que ficou
órfã de pai e mãe. O fato aconteceu na casa de Nº 217 da Rua B, no
citado bairro por volta das 22h.
A tia da garota de nome Érica Alves Barbosa,
informou aos agentes de cidadania que estiveram no local colhendo
detalhes a respeito do fato, que a menina brincava com a pistola sobre a
cama, quando a arma disparou, atingindo-a na boca, saindo na nuca,
cujo projétil se alojou na parede do quarto onde a tragédia aconteceu.
A criança ainda com vida foi socorrida para o setor de emergência do
Hospital Dr. Alberto Feitosa Lima, onde faleceu instante depois.
O corpo foi levado para o necrotério do hospital, de Tauá, e depois
encaminhado ao IML de Canindé, de onde retornou no início da tarde da
sexta-feira (12).
Dono da arma se apresentou na DP
O proprietário da arma com a qual a garotinha tirou a própria vida se
apresentou na manhã do sábado (13) na 14ª Delegacia Regional de Polícia
Civil de Tauá, onde entregou a arma e confirmou a versão dada pela tia
da vítima na noite em que a tragédia aconteceu.
Réuler Martins Mota compareceu na Delegacia, acompanhado de um advogado,
entregou a arma, e deu sua versão para o fato. Segundo ele, na noite
da quinta-feira (11) ao entrar no quarto onde brincava a menor, se
deparou com a menina de posse da pistola, imediatamente tentou tirá-la
da mesma e ao se aproximar ocorreu o disparo que ceifou a vida da
criança.
Após prestar depoimento, foi liberado, mas vai responder por homicídio culposo e omissão de Cautela Art. 13 do CPB, por
deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena - detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa.
O proprietário da arma também vai responder por porte ilegal de arma de fogo Art. 14 do CPB.
A Polícia ainda está investigando, se a menina realmente foi vítima de
um tiro acidental, se brincava com a arma, no momento em que a mesma
disparou, ou se alguém a manuseava.
Segundo o policial Civil Ticiano, a cena do crime foi modificada
dificultando o trabalho da Polícia, pois após o disparo a arma foi
retirada do local, pelo proprietário, embora a versão do mesmo seja de
tiro acidental.
Por enquanto o norte da investigação é de que a garotinha realmente
tenha sido atingida de forma acidental, embora outras hipóteses não
estejam descartadas.
A Polícia vai colher outros depoimentos dos moradores da casa, e coletar
outras evidências físicas que podem de alguma forma esclarecer o que
aconteceu. O laudo do IML será fundamental para o esclarecimento do caso
e apontar quem o fez.
Repórter Lindon Jonhson/Rádio Difusora
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