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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Tauá: Polícia investiga morte de garota de 6 anos e dono da arma se apresenta

Foi sepultado na manhã do sábado (13) no cemitério São Judas Tadeu, em Tauá, o corpo da menina de 6 anos,  que morreu na noite da última quinta-feira (11) vítima de um tiro na boca, no Bairro Bezerra e Souza, nesta cidade.

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Entendendo o caso:
A Polícia Civil de Tauá, instaurou inquérito para apurar o caso envolvendo a garotinha Iasmin Alves da Silvanascida em 10/09/2008, filha de Antônio Benvindo da Silva, e de Jéssica Alves Barbosa, (ambos já falecidos), morta com um tiro na boca, na noite da quinta-feira (11) no Bairro Bezerra e Souza. A garotinha era estudante da Creche Centro de Educação Infantil (CEI), professora Maria Gomes, situada no Bairro B.Souza.
A menina foi atingida com um tiro de pistola calibre 380 quando brincava com a arma segundo informou uma tia com a qual morava desde que ficou órfã de pai e mãe. O fato aconteceu na casa de Nº 217 da Rua B, no citado bairro por volta das 22h.

A tia da garota de nome Érica Alves Barbosa, informou aos agentes de cidadania que estiveram no local colhendo detalhes a respeito do fato, que a menina brincava com a pistola sobre a cama, quando a arma disparou, atingindo-a na boca, saindo na nuca,  cujo projétil se alojou na parede do quarto onde a tragédia aconteceu.
A criança ainda com vida  foi socorrida para o setor de emergência do Hospital Dr. Alberto Feitosa Lima, onde faleceu instante depois.
O corpo foi levado para o necrotério do hospital, de Tauá, e depois encaminhado ao IML de Canindé, de onde retornou no início da tarde da sexta-feira (12).
Dono da arma se apresentou na DP
O proprietário da arma com a qual a garotinha tirou a própria vida se apresentou na manhã do sábado (13) na 14ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Tauá, onde entregou a arma e confirmou a versão dada pela tia da vítima na noite  em que a tragédia aconteceu.
Réuler Martins Mota compareceu na Delegacia, acompanhado de um advogado, entregou a arma, e deu  sua versão para o fato. Segundo ele, na noite da quinta-feira (11) ao entrar no quarto onde brincava a menor, se deparou com a menina de posse da pistola, imediatamente tentou tirá-la da mesma e ao se  aproximar ocorreu o disparo que ceifou a vida da criança.
Após prestar depoimento, foi liberado, mas vai responder por homicídio culposo omissão de Cautela Art. 13 do CPB,  por
deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito) anos ou portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade:
Pena - detenção de 1 (um) a  2 (dois) anos e multa.
O proprietário da arma também vai responder por porte ilegal de arma de fogo Art. 14 do CPB.
A Polícia ainda está investigando, se a menina realmente foi vítima de um tiro acidental, se brincava com a arma, no momento em  que a mesma disparou,  ou se alguém a manuseava.
Segundo o policial Civil Ticiano, a cena do crime foi modificada dificultando o trabalho da Polícia, pois após o disparo a arma foi retirada do local, pelo proprietário, embora a versão do mesmo seja de tiro acidental.
Por enquanto o norte da investigação é de que a garotinha realmente tenha sido atingida de forma acidental, embora outras hipóteses não estejam descartadas.
A Polícia vai colher outros depoimentos dos moradores da casa, e coletar outras evidências físicas que podem de alguma forma esclarecer o que aconteceu. O laudo do IML será fundamental para o esclarecimento do caso e apontar quem o fez.
Repórter Lindon Jonhson/Rádio Difusora

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