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terça-feira, 12 de abril de 2016

Piloto da TAM é preso por tráfico de anabolizantes

 
A Polícia Civil prendeu, no último sábado (9), um casal suspeito de envolvimento com um esquema internacional de tráfico de esteroides anabolizantes. Dyego Cardoso Teles, 34, e a namorada, Monikelly Madeira, 30, foram detidos por inspetores da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD). Dyego é piloto da TAM Linhas Aéreas e, segundo a Polícia, admitiu que trazia esteroides do Paraguai, México e Europa. Na última sexta-feira (8), ele desembarcou em Fortaleza trazendo mais substâncias.

O piloto foi capturado na esquina das ruas Padre Chevalier e Carlos Vasconcelos, no bairro Joaquim Távora. Os policiais flagraram Dyego no momento em que ele fazia uma entrega de substâncias ilícitas para dois compradores. Após sua prisão, ele confessou que mantinha uma quitinete no mesmo bairro, que servia como depósito do material.



No local, na Rua Visconde do Rio Branco, a Polícia encontrou em um armário mais esteroides anabolizantes. De lá, os policiais seguiram até a residência de Dyego, já na Rua Ana Bezerra – ainda no mesmo bairro -, e lá, encontraram o restante do material ilícito, além de anotações e contabilidades do esquema. No imóvel, foi capturada Monikelly Rozendo.



Com o casal, foram apreendidos 6.490 comprimidos e 1.019 ampolas de esteroides anabolizantes, além de outros materiais como seringas e balança de precisão. A logística do esquema criminoso era de responsabilidade da namorada do piloto, que fazia a distribuição dos anabolizantes entre os revendedores. Conforme as investigações, o casal assumiu a quadrilha com a prisão do português Carlos Miguel de Oliveira Pinheiro, em outubro de 2015.


As investigações apontaram que o piloto usava o nome de “John” para negociar com os compradores. Já sobre a participação da companheira de Dyego, a delegada Patrícia Bezerra afirmou que a mulher “tinha um papel fundamental no esquema criminoso na Capital. Quando o Dyego chegava de viagem com os anabolizantes, ela fazia a ponte com os revendedores menores, para que eles fizessem com que esses produtos chegassem ao consumidor final”, afirmou.

Dyego e Monikelly foram autuados em flagrante por falsificação, corrupção e adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, artigo 273 do Código Penal Brasileiro. Por ser tratado como um crime contra a saúde pública, a prática é considerada hedionda com pena prevista de 10 a 15 anos de prisão e multa.

Sobre a participação do piloto da companhia aérea em uma quadrilha internacional de tráfico de esteroides anabolizantes, a TAM informou, em nota, que está colaborando com as autoridades.
Expansão
Os lucros dos negócios do português giravam em torno de R$ 600 mil por ano. Com a prisão dele, Dyego assumiu o comando e expandiu o comércio. Patrícia relatou que as investigações continuam a fim de descobrir os demais envolvidos no esquema criminoso. “Até o momento, podemos afirmar que existe, pelo menos, mais uma ramificação criminosa do grupo no Estado de São Paulo”, informou a delegada.
Carlos Miguel foi capturado no dia 16 de outubro por policiais da DCTD. Na época, os policiais apreenderam com ele 6.700 comprimidos e ampolas de anabolizantes trazidos de Portugal. A apreensão ocorreu no bairro Meireles, em Fortaleza, e no Porto das Dunas, em Aquiraz. Carlos fazia viagens de três em três meses a Lisboa, para adquirir as substâncias que eram vendidas, principalmente, para frequentadores de academias na Aldeota e proximidades.
Investigações
De acordo com a delegada Patrícia Bezerra, diretora adjunta da DCTD, Dyego era investigado há cerca de seis meses, após a prisão do português Carlos Miguel. “Na época, Dyego, que é piloto de uma companhia aérea, facilitava o embarque do Carlos Miguel de Portugal para o Brasil com o material ilícito. Ele burlava a segurança dos aeroportos e lucrava com isso. Porém, com a prisão do português, ele assumiu o esquema e passou a trazer o material da Europa, além de expandir o negócio criminoso, trazendo substâncias oriundas do México e do Paraguai”, detalhou a delegada.

O ESTADO
FOTOS: DN

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