O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou ontem que pretende instalar a comissão especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff apenas na semana que vem.
A estratégia é fazer a leitura do processo na sessão deliberativa do plenário desta terça-feira (19) e abrir o prazo de 48 horas para a indicação dos partidos dos nomes que comporão a comissão até sexta-feira (22), considerando que quinta (21) é feriado e, portanto, o prazo é suspenso naquele dia.
“Amanhã [terça-feira] vamos conversar sobre a indicação dos nomes das bancadas e os líderes partidários certamente precisarão de 48 horas para que possam definir o que vai acontecer com a eleição de presidente e relator”, disse Renan. “Vou pedir aos líderes a presteza e a celeridade na indicação dos nomes, mas não podemos obrigar que eles façam isso em menos de 48 horas”, afirmou.
Dessa forma, a instalação da comissão e a eleição de seu presidente e relator do processo aconteceria apenas na segunda-feira (25). Apesar do plano agradar a base governista, Renan deixou claro que não irá postergar a votação em plenário sobre a admissibilidade do processo, que, se for aprovado, determinará o afastamento da presidente Dilma Rousseff do comando do País por 180 dias.
A ideia é que isso ocorra até 11 de maio, mas parte da oposição tenta pressionar Renan para que a comissão acelere os trabalhos de forma a viabilizar a votação na primeira semana de maio.
O Estado
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