Dentro de 48 horas, o pedido de deposição será levado a Plenário, onde precisa de 342 votos do total de 513 deputados para ser aprovado
Isabel Filgueiras
“Eles não venceram se você considerar que eles precisam de 66% dos deputados para aprovar o impeachment e só tiveram os votos de 58% da comissão”, avalia o deputado federal cearense Chico Lopes (PCdoB).
A votação, que estava prevista para as 17 horas, só começou às 20h30min. Foi aberta oportunidade para discursos dos líderes dos 25 partidos e os dois líderes da minoria e da maioria. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidente Dilma Rousseff, disse horas antes da votação que o parecer apresentado era uma “peça de absolvição histórica da presidente”.
Próximos passos
A expectativa é de que a aprovação do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do caso na comissão, seja lida ainda hoje na Câmara. A partir desta sexta-feira, 15, deve ser aberta a lista de debates sobre o caso, que deve durar até domingo, 17. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem pressa em colocar a pauta em votação e espera concluí-la até este fim de semana.
Caso aprovado, o processo será apreciado no Senado Federal, casa que tem o poder de decidir se haverá ou não afastamento da presidente.
Nas ruas, a pressão ocorre por todos os lados. Um muro está sendo construído do lado de fora do Congresso para separar manifestantes pró e contra o impeachment. A estimativa de público é de 300 mil pessoas. Apesar de ser apenas mais uma etapa do processo, o domingo promete ser de clima acirrado por todo o País.
(Com agência)
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