Desde
as eleições de 2014, a previsão de cortes em programas sociais é tema
de debate. Na época, a então candidata Dilma Rousseff afirmava que caso
Aécio Neves saísse vencedor, o senador cortaria programas sociais. O
mesmo discurso agora atinge o vice-presidente Michel Temer, que assumirá
a presidência da República caso o processo de impeachment tenha
prosseguimento. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse no dia de abril de 2016, que o governo
pode precisar fazer mais cortes no orçamento.
Com isso, os programas
sociais, que já perderam dinheiro no ano passado, podem ser afetados.
Conforme mostram dados levantados pelo Contas Abertas comparando os
exercícios de 2014 e 2015, alguns programas já foram contemplados com
menores dotações no ano passado. É o caso da construção de creches e pré-escolas. Em 2014, o governo
gastou R$ 884 milhões na construção de creches. Em 2015, R$ 324 milhões. O objetivo dos recursos é a construção de escolas de educação infantil e
aquisição de equipamentos e mobiliário, com o fim de ampliar a oferta
de vagas para a educação infantil pública. Outro exemplo é o Pronatec.
Em 2014, o governo gastou R$ 4,4 bilhões
com o programa de acesso ao ensino técnico. Em 2015, o valor passou para
R$ 3,1 bilhões, isto é, redução de 28%. O programa foi uma das
principais bandeiras da campanha eleitoral da presidente Dilma. O Minha Casa Melhor, uma linha de crédito para a compra de móveis e
eletrodomésticos para participantes do Minha Casa Minha Vida lançado em
2013 está suspenso desde 2015. A Caixa Econômica Federal, que administra
o programa, não diz quando ele voltará a funcionar.
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