O corpo da radiologista Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, que desapareceu depois de combinar uma viagem por um grupo de carona no WhatsApp foi encontrado na tarde de ontem, em um córrego entre as cidades de Frutal e Itapagipe, no Triângulo Mineiro. Segundo a Polícia Militar (PM), a jovem estava seminua. A família de Kelly compareceu ao local e reconheceu o corpo da jovem.
Vítima |
A jovem estava desaparecida desde a tarde desta quarta-feira (1º). A Polícia Civil informou que ela foi vista pela última vez quando saiu de Guapiaçu, no interior de São Paulo, com destino a Itagagipe. O corpo foi achado após trabalhos de busca. A calça que ela usava no dia do desaparecimento foi achada a cerca de 3 Km de distância do corpo.
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O delegado da Polícia Civil de Frutal, Bruno Giovanini de Paula, que assumiu as investigações sobre o caso, informou que a perícia técnica foi realizada e o corpo encaminhado para o Instituto Médico Legal. "Ainda não há como precisar se houve violência sexual ou causa da morte. O corpo estava em um local de terra e água, o que dificulta a identificação. A vítima estava vestida apenas com uma blusa e foi encontrada por policiais militares que faziam buscas em área de usina de cana-de-açúcar ", explicou.
Familiares disseram à polícia que Kelly havia combinado uma carona por meio de um grupo de WhatsApp. A princípio, ela levaria um casal, mas a mulher desistiu no momento da viagem. O homem, que não era conhecido de Kelly, manteve a carona. O último contato que a moça fez com a família foi quando parou para abastecer o veículo em um posto na BR-153. Depois, a família diz que perdeu o contato.
Câmeras do circuito de segurança de uma praça de pedágio em Minas Gerais mostram a moça dirigindo. Logo depois, o carro volta, mas aí é um homem que está ao volante. A polícia encontrou o carro da jovem abandonado e sem as quatro rodas, o rádio e o estepe em uma estrada rural entre São José do Rio Preto e Mirassol (SP). Não há informações sobre o homem.
Acusados do crime presos
A polícia de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, anunciou nesta sexta-feira (3), a prisão de um homem acusado de entrar em um grupo de caronas por aplicativo para assassinar a jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, encontrada morta depois de combinar pelo WhatsApp uma viagem a Minas Gerais. Outros dois suspeitos de participação no crime também estão presos.
O corpo de Kelly foi encontrado seminu, com as mãos amarradas e marcas de estrangulamento, nesta quinta-feira (2), à margem de um córrego, entre as cidades mineiras de Frutal e Itabagipe. Ela estava desaparecida desde a noite de quarta-feira (1º).
Conforme a polícia, Jonathan Pereira do Prado confessou ter entrado no grupo de caronas com a intenção de roubar a jovem. Ele estava foragido de uma unidade prisional desde março deste ano. Outro suspeito, Luis Cunha, teria ajudado matar a jovem e o terceiro, Daniel Teodoro da Silva, comprou o celular e outros objetos roubados dela.
Os três foram presos durante a madrugada, em bairros distintos de São José do Rio Preto, e já tinham passagens por roubos. Eles foram levados para a delegacia da Polícia Civil em Frutal, onde seguem as investigações.
Kelly iria para Itabagipe, na quinta-feira, visitar o namorado, um engenheiro civil, e postou a viagem no grupo. Segundo a família, ela havia feito isso muitas vezes e nunca tivera problemas. Um casal se ofereceu para dividir as despesas como carona, mas no lugar combinado, apenas Jonathan teria se apresentado.
De acordo com a Polícia Militar, as imagens das câmeras de um pedágio na divisa de São Paulo com Minas foram decisivas para a prisão dos suspeitos. As câmeras registraram Kelly passando com o carona em direção à cidade mineira e, algum tempo depois, o carro em sentido contrário com um homem ao volante. Nas imagens, segundo a PM, é possível identificar Jonathan dirigindo o veículo. O corpo de Kelly passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Frutal e era velado, na manhã desta sexta, em Guapiaçu, onde mora sua família.
DN
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