A presidenta Dilma Rousseff
sancionou o Orçamento Geral da União de 2015 sem vetar a proposta que
triplicou os recursos destinados ao fundo partidário, uma das principais
fontes de receita dos partidos políticos, hoje com dificuldades de
financiamento por causa da Operação Lava Jato.
Em seu projeto original, o governo destinava R$ 289,5 milhões para o fundo, mas o valor foi elevado para R$ 867,5 milhões pelo relator do Orçamento no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Em
um momento de ajuste fiscal para reequilibrar as contas públicas, o
caminho natural seria o veto da proposta. Mas politicamente a
recomendação foi de manter o novo valor para não desagradar a base
aliada da presidente no Congresso.
Além disso, tecnicamente só era possível vetar toda verba destinada ao fundo, e não apenas o montante extra. Segundo um assessor, isso iria gerar uma "guerra"
com a base aliada e comprometeria a votação do ajuste fiscal. Os
presidentes dos partidos governistas chegaram a enviar uma carta a Dilma
solicitando a sanção da verba.
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