Polícia captura o primeiro acusado. Eles usaram tocas ninja
para executar as vítimas. "Eu só falo em Juízo, quero um advogado e
proteção policial pra mim e pra minha família". Exigiu o acusado preso,
durante o interrogatório, nas dependências do Fórum de Sobral, por volta das
13h dessa sexta-feira 17. "Keké" foi preso hoje pela manhã em Jijoca
de Jericoacoara e é um dos acusados pela chacina do Aprazível, na última
terça-feira 14.
Segundo uma fonte da polícia, "Keké" confessou
ainda que planejou, orientou outros três comparsas e acompanhou Patrícia Farias
e sua mãe Maria de Jesus, no banco de trás do veículo usado no crime, até a CE
241, já no sopé da serra do município de Alcântara, distante 21km da casa onde
executaram a filha de Patrícia e outro três homens. "Arquitetei e ajudei,
mas não atirei", revelou o acusado. A polícia conseguiu apreender também
uma motocicleta usada na ação criminosa, mas ainda não localizou o veículo
usado pelo bando. Uma sacola contendo tocas ninja também foi apreendida pelos
investigadores.
O crime chocou o Ceará e teve grande repercussão nacional.
"Keké" foi capturado em um bar, no município de Jijoca de
Jericoacoara, na manhã de hoje (sexta-feira 17), após campana feita por agentes do serviço de
inteligência da Polícia Militar, COIN, CPI e CHOQUE. Os nomes dos outros
acusados pelo crime, procurados pela Polícia ainda não foram divulgados para
não atrapalhar o andamento das investigações. Duas testemunhas de acusação
também já foram ouvidas pelo delegado Dr. Júnior Vieira, Coronel Carvalho e o
Comandante do CPI (Companhia de Policiamento do Interior). Coronel Júlio Rocha.
Uma multidão compareceu a sede da Delegacia de Polícia Civil
de Sobral, na manhã de hoje. Na saída do acusado para o Fórum, onde foi
interrogado novamente por agentes da polícia, populares gritavam por justiça e
chamavam-no de assassino. Outras três pessoas já foram identificadas e a
polícia divulgou que devem ser capturados nas próximas horas.
Patrícia morava com seu atual marido e um casal de filhos no
bairro Padre Palhano, mas costumava visitar sua mãe no distrito de Aprazível,
pelo menos três vezes por semana, segundo o seu companheiro. Seu filho caçula
de nove anos seria a sétima vítima da chacina, mas escapou porque estava num
culto evangélico no momento em que a casa foi invadida pela quadrilha. Foi a
criança a primeira pessoa a encontrar os corpos amarrados no chão da cozinha,
por volta das 21h20.
**** Sobralinfoco
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