Nessa época o caixa do partido era administrado por João Vaccari; das 21 empresas que fizeram doações, três delas são investigadas na Operação Lava Jato
Vaccari foi afastado da tesouraria do PT após ser preso pela
Polícia Federal nesta quarta-feira (15), sob acusações de envolvimento
no esquema de corrupção na Petrobras
Reuters
Ao todo, 21 empresas fizeram doações à campanha e entre elas estavam empreiteiras investigadas no esquema de corrupção da Petrobras. Cerca de R$ 1 milhão doado pela Andrade Gutierrez, R$ 1,9 milhões da Odebrecht e mais R$ 2,8 milhões da Braskem, em um total que chega a R$ 5,7 milhões.
O valor é bem maior que em 2010, quando R$ 171 mil foram repassados da Direção Nacional do partido à campanha de Dilma. Porém, não existe especificação das empresas doadoras já que na época os partidos não precisavam identificá-las.
Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da estatal, afirmou em delação premiada que o tesoureiro João Vaccari recebeu cerca de R$ 200 milhões do esquema de corrupção para o PT.
O Ministério Público Federal denunciou Vaccari e alega que ele participava de reuniões com o ex-gerente de Serviços da estatal Renato Duque para falar sobre os pagamentos de propina. Assim, os repasses eram tidos como doações oficiais ao PT e não ilícitos. Segundo o MPF, 24 doações foram feitas em 18 meses, chegando a um valor de R$ 4,2 milhões.
“Vaccari tinha consciência de que os pagamentos eram feitos a título de propina”, disse o procurador Deltan Dallagnol na denúncia.
A equipe da presidente afirma que as arrecadações para sua campanha em 2014 não foram feitas por Vaccari, mas sim por Edinho Silva, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social. Já em 2010, as finanças ficaram com o ex-deputado José Fillipi Júnior.
O substituto de Vaccari na tesouraria deve ser anunciado pelo PT ainda nesta sexta-feira (17), após uma reunião do Diretório Nacional do partido.
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