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quarta-feira, 22 de abril de 2015

PL 4330: Deputados voltam a ser hostilizados no Aeroporto de Fortaleza por votações a favor da terceirização

Sob vaias, os dois parlamentares foram chamados de traidores por terem votado a favor do Projeto de Lei 4330, que flexibiliza as terceirizações

Os deputados federais cearenses Raimundo Gomes de Matos (PSDB) e André Figueiredo (PDT) foram hostilizados por sindicalistas na manhã desta quarta-feira (22) enquanto embarcavam no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza, rumo a Brasília. Sob vaias, os dois parlamentares foram chamados de traidores por terem votado a favor do Projeto de Lei 4330, que flexibiliza as terceirizações em todos os setores do País. O projeto deve retornar à pauta da Câmara nesta quarta (22) e quinta (23) para que os deputados concluam a análise dos destaques e das emendas apresentados ao texto-base, que já foi aprovado.

> Líder do Governo na Câmara, José Guimarães, comenta projeto da terceirização em dia decisivo de votação

Os manifestantes foram mobilizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), que contava com representantes de categorias como professores, metalúrgicos, bancários, correios e setores têxteis. Faixas e cartazes com fotos dos parlamentares que votaram a favor do projeto foram exibidos no saguão de embarque do aeroporto.
 
Carlos Eduardo Bezerra, presidente do sindicato dos bancários, classificou a aprovação do PL-4330 como a "desorganização do trabalho, dos sindicatos, dos direitos garantidos nas negociações coletivas". "Nós queremos uma outra agenda, que venha a valorizar o trabalho e não precarizar", comentou, mostrando um cartaz com a foto de 10 deputados cearenses que votaram a favor da terceirização: Arnon Bezerra (PTB), Antônio Balhmann (PROS), André Figueiredo (PDT), Adail Carneiro (PHS), Danilo Forte (PMDB), Domingos Neto (PROS), Genecias Noronha (SD), Gorete Pereira (PR), Leônidas Cristino (PROS) e Raimundo Gomes de Matos (PSDB).

Questionado sobre o protesto, André Figueiredo lamentou a hostilização e classificou como um movimento oportunista e desinformado. "A nossa posição é muito coerente e temos absoluta convicção de que estamos trabalhando com a coerência que a situação exige, ou seja, protegendo os direitos de mais de 12 milhões de trabalhadores terceirizados que não têm direito nenhum, evitando a "pejotização" (transformação dos postos de trabalho em postos de pessoa jurídica). As vezes há a desinformação e, em outras vezes, a má fé", disparou o deputado pedetista sobre o assunto.

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