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quarta-feira, 8 de abril de 2015

O Jardel que nem a política curou

Mário Jardel, deputado estadual desde 2014 no Rio Grande do Sul, pediu dez dias de baixa e demitiu 16 assessores
Mário Jardel, deputado estadual desde 2014 no Rio Grande do Sul, pediu dez dias de baixa e demitiu 16 assessoresFotografia © D.R. - Facebook de Mário Jardel
Glória de FC Porto e Sporting, eleito deputado no Brasil em outubro com mais de 40 mil votos, apesar dos problemas de toxicodependência, demitiu quase todo o gabinete e desapareceu.
Na mesma entrevista em que anunciou que se ia candidatar às eleições de outubro de 2014, Mário Jardel, com passado de luta contra a toxicodependência, explicou também quais eram as suas motivações. Não procurava poder nem dinheiro. Não falou em projeto nem em programa. Não queria fazer da eleição trampolim para outros voos nem usá-la para voltar a despertar a atenção perdida da comunicação social. "Candidato-me porque preciso manter a cabeça ocupada, é só isso", disse o antigo avançado e ídolo de FC Porto, Sporting, entre outros clubes.
Entre eles está o Grémio, um dos dois grandes do Rio Grande do Sul. Ao serviço do Tricolor Gaúcho, Jardel colecionou êxitos e amigos. Partiu de um deles, o ex-guarda-redes Danrlei, que se tornou deputado federal, a ideia de convidar SuperMário para concorrer a deputado estadual, surfando na popularidade ganha enquanto exímio cabeceador do clube no início dos anos 1990.
E apesar de na campanha e depois dela o insólito candidato se ter revelado um desastre a articular ideias, conseguiu eleger-se com 41 227 votos pelo partido de Danrlei, o Partido Social Democrático (PSD), fundado em 2011. Uma vez eleito, o PSD forneceu-lhe um batalhão de 21 assessores à medida, quase todos da confiança de Danrlei, incluindo uma fonoaudióloga para o ajudar a discursar. Quase todos foram demitidos por Jardel esta segunda-feira, levando Danrlei a anunciar uma rutura pessoal e política com ele.

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